Em entrevista ao Diário de Goiás, o prefeito de Goianira, Carlos Alberto falou sobre a saída do Eixo Anhanguera do município. Para ele, foi uma surpresa e aguarda ser comunicado formalmente sobre a situação. Além disso, alerta que com a saída, Trindade, Senador Canedo e Goianira podem vivenciar um “colapso”no transporte.
“Nos surpreendeu, não fomos comunicados ainda sobre essa situação, mas de toda forma vai ser muito prejudicial para a população uma vez que essa linha operada com a Metrobus com ônibus articulados carregam 200 a 300 pessoas. Então, vai ter que voltar isso para a iniciativa privada dos ônibus comuns e consequentemente vai tumultuar o fluxo de ônibus dentro das nossas cidades e prejudicar a comunidade num contexto geral”, afirma.
O prefeito disse ainda que precisa de um diálogo com o governo para buscar uma saída. “Vou agendar com os outros prefeitos para na próxima semana conversarmos e fazer uma gestão junto a Metrobus, e ao governo do Estado e até as próprias empresas. Uma vez que se voltar isso, vai ser um colapso total. O volume de ônibus que vão circular dentro do município deve triplicar”, aponta.
Para Carlos Alberto é preciso um realinhamento entre as empresas e a Metrobus.”Isso é muito mais uma questão sobre o acordo que foi feito com as empresas que são detentoras da concessão com a Metrobus, tem que fazer um realinhamento entre eles. Tem uma despesa maior para fazer esse transporte, então ela tem que conversar com as companhias que são as detentoras das concessões. Elas tem que entrar num acordo e fazer com que essa equação funcione para que a Metrobus seja melhor remunerada”, ressalta
O prefeito coloca que caso seja concretizada a saída do Eixo, as empresas deve fazer da mesma forma que era feito o serviço. “Se for voltar para as empresas que façam com ônibus do mesmo porte que a Metobus faz, biarticulados”, diz.
Desgaste
Questionado se essa situação causaria um desgaste ainda maior para o governo Caiado, o prefeito afirmou que sim. “Acredito que sim, essas extensões foram feitas com uma melhoria muito grande do transporte, são ônibus relativamente novos que fazem esse transporte, e gera um desgaste sim a partir do momento que não houver esse tipo de integração”, conclui.