Nos últimos dias a pequena Centralina (MG) cidade de apenas 10 ml habitantes, margeada pela BR-153 viveu uma grande movimentação. Os nove vereadores do município foram presos preventivamente suspeitos de corrupção. Eles são investigados pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Uberlândia (MG). Eles são acusados de desvio de dinheiro público.
Segundo a investigação, todos os nove vereadores eleitos para legislatura que termina este ano teriam fraudado notas fiscais para justificar recebimento de diárias de viagens que nunca foram feitas.
Quatro deles foram presos na semana passada, na primeira etapa da investigação que recebeu o nome de “Viagem Fantasma” e renunciaram aos cargos.
Os quatro, entre eles o presidente da Câmara Municipal, Eurípides Batista Ferreira, o Baianinho (Pros), o primeiro secretário, Hélio Matias (PSL), Carla Rúbia (Solidariedade) e Roneslei do Carmo Soares (PR), foram ouvidos e soltos um dia após a prisão. Agora cumprem prisão domiciliar.
Os outros cinco: o vice-presidente da Casa, Ismael Pereira Peres (PT), o 2º secretário Rodrigo Lucas (Solidariedade), Wandriene Ferreira de Moura (PR), Sônia Martins de Medeiros Rosa (PP) e Cleison Vieira (PDT), foram detidos na manhã da última quinta-feira (28) durante a segunda etapa da operação.
Com a prisão dos cinco vereadores e a renúncia dos quatro primeiros presos, a Câmara Municipal de Centralina fica sem representantes. Os suplentes devem assumir os cargos. Segundo o Ministério Público, os suspeitos cometeram associação criminosa, peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Oito parlamentares fecharam um acordo com o Ministério Público, se propuseram a renunciar e foram soltos. Somente a vereadora Sonia Martins de Medeiros Rosa (PP) não quis participar do acordo.
A cidade de Centralina está situada a 23 km ao sul de Itumbiara (GO).