As festas de carnaval devem ser vetadas na cidade de Goiás pelo segundo ano seguido. O martelo ainda não foi batido pelo prefeito Aderson Gouvea (PT), mas o gestor considera muito difícil que a celebração ocorra sem riscos à saúde.
À Rádio Bandeirantes Goiânia, Gouvea lembrou que a cidade registrou mais de 400 casos em uma semana e precisou impor novas restrições para conter a onda de contaminações. Por isso, apesar da tradição do carnaval vila-boense, a festa está comprometida.
“A cidade de Goiás tem um dos melhores carnavais do estado. Temos escolas de samba tradicionais, desfiles, e a economia ganha com isso. Mas, com o momento que vivemos, estamos apreensivos em relação ao carnaval. Há uma reunião marcada com escolas de samba para conversar sobre isso. Vamos nos orientar pela Secretaria Estadual de Saúde. A tendência é que o carnaval tenha que esperar mais um pouco”, destacou.
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Nesta semana, a prefeitura decretou toque de recolher entre 1h e 6h da manhã para conter a movimentação durante a noite. Também houve redução da capacidade de hospedagem dos estabelecimentos de 80% para 70%.
Gouvea explicou que nem mesmo noutros picos da pandemia houve tantos casos como agora. Embora eles não se revertam em hospitalizações, a prefeitura decidiu agir para evitar que haja sobrecarga no sistema de saúde.
“Estamos tentando colocar um freio na contaminação e identificamos que a noite é onde podemos mexer. Queremos evitar que as pessoas saíam de casa à noite, pois podemos não dar conta de tratá-las aqui”, frisou.