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Ciclone Idai: Moçambique precisa de US$ 102 milhões para resposta de emergência até agosto

Por 5 anos atrás

O Governo de Moçambique lançou uma atualização do seu apelo internacional pedindo US$ 102 milhões para actividades de emergência e reabilitação. O apelo é provisório e cobre apenas o período de março até final de agosto. 

Este apoio será dirigido a cerca de 650 mil vítimas das cheias e do ciclone Idai nas províncias de Maputo, Gaza, Sofala, Inhambane, Manica e Tete. 

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O apelo baseia-se numa avaliação levada a cabo pela equipa das Nações Unidas para Desastres, Avaliação e Coordenação, Undac, a equipa da ONU no país e o governo de Moçambique. 

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Uma avaliação precisa dos danos gerais causados pelas inundações só será conhecida quando as águas começarem a descer. 

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Em declarações à ONU News, desde Maputo, o coordenador de emergência do Programa Mundial de Alimentação, PMA, Pedro Matos falou sobre os trabalhos de assistência. 

“Depois desta fase de resgate, de salvar vidas, das pessoas que estavam em perigo, a segunda fase é de planeamento de todas as pessoas que têm de ser assistidas, as que foram afetadas pelas cheias e as que foram afetadas pelo ciclone, que é de uma escala muitíssimo superior, das centenas de milhar ou milhões de pessoas. O PMA começou a fazer distribuições de comida desde o início, desde segunda-feira, desde que tivemos acesso aos centros de acolhimento, e neste momento estamos a expandir toda a operação para aceder às pessoas que têm estado isoladas e que estão a ficar sem comida ou que já não comem há muitos dias.” 

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O Escritório das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários, Ocha, assumiu a coordenação da gestão humanitária na cidade da Beira este sábado. Também no sábado, o governo moçambicano anunciou que já existem 417 mortes confirmadas. 

Apelo 

O novo apelo abrange todas as áreas de atividade das Nações Unidas nas áreas de socorro e reabilitação.
Inclui necessidades básicas de alimentação, saúde e nutrição, água, saneamento, abrigos e programas educacionais.

Em nota, a ONU explica que uma prioridade é o programa de sementes e ferramentas, que fornecerá apoio importante ao setor agrícola agora arrasado.

Além disso, os fundos são necessários para reparar estradas e pontes, bem como para manter ativos de transporte aéreo em uma base comercial.

O objetivo desta apelo é preencher a lacuna entre as necessidades humanitárias e de recuperação de curto prazo e a implementação de um conjunto de projetos de reabilitação, que devem começar a ser concretizados a partir de setembro.

Conferência

Essas necessidades de longo prazo serão uma das preocupações de uma conferência internacional de doadores que deve ser realizada em Roma, Itália, no final de abril.

Em nota, as Nações Unidas dizem esperar que “os doadores continuem a contribuir generosamente para a reabilitação de Moçambique arrasado pelas cheias.” (com informações da ONU NEWS)

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Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: altairtavares@diariodegoias.com.br .