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Categorias: Brasil
| Em 8 anos atrás

Chuva transborda rios e deixa metade dos municípios do Amazonas em emergência

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As intensas chuvas que atingem o Amazonas e provocam o transbordamento dos rios levaram metade das cidades do Estado a decretar situação de emergência. Dos 62 municípios amazonenses, 32 já decretaram emergência desde o início do ano.

Três regiões do país -Sul, Norte e Nordeste- enfrentam nos últimos dias chuvas que têm provocado mortes, enchentes e deixado moradores desabrigados e desalojados.

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Segundo a Defesa Civil estadual, a enchente de 2017 está entre as dez maiores já registradas nas últimas nove décadas. Ao todo, 57.826 famílias foram atingidas, a maioria na zona rural. “Se levarmos em conta os números de pessoas por famílias, são mais de 200 mil atingidos”, disse o coronel Fernando Pires Júnior, comandante do Corpo de Bombeiros.

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De acordo com ele, a previsão é que 42 municípios sejam afetados até o fim do ciclo de cheias, previsto para julho. As famílias impactadas serão, então, 88 mil. A cidade de Anamã, no médio Solimões, teve quase todo seu perímetro urbano tomado pelas águas.

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Até o momento, o governo já gastou R$ 12 milhões nos trabalhos de auxílio às pessoas afetadas pela enchente.

Na capital, Manaus, apenas os bairros de duas zonas (norte e centro-sul) estão livres das consequências da cheia do rio Negro, como o represamento de igarapés nos dias mais chuvosos, com a água atingindo casas e comércio.

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As medições apontam que o rio Negro, nesta quinta-feira (1º), registrava 28,97 m, a três centímetros de atingir o nível de 29 metros -quando a prefeitura decreta situação de emergência. Em comparação com igual período do ano passado, o manancial está dois metros acima.

De acordo com a Defesa Civil municipal, entre 3.500 e 4.000 famílias são afetadas. Ainda não há pessoas retiradas de casa na capital amazonense, apenas bairros que estão com o acesso comprometido, já que as ruas estão inundadas.

Para tentar solucionar o problema, a prefeitura construiu 2.500 m de pontes para evitar o isolamento dessas comunidades. Segundo Cláudio Belém, secretário de Defesa Civil de Manaus, a previsão é que o rio Negro neste ano atinja a marca dos 29,46 metros.

Já a partir dos 29 metros a prefeitura começa o trabalho de retirar as famílias em situação mais vulnerável. Como a maior parte das casas é palafita -por estar às margens de igarapés-, as estruturas ficam comprometidas com a movimentação do solo e as sucessivas chuvas que apodrecem a madeira.

O principal motivo para a atual elevação é o represamento do rio Negro provocado pelo Solimões e Madeira, que têm subido de forma contínua por conta das chuvas em suas cabeceiras. No momento, porém, o nível dos rios está estabilizado.

Nordeste

O corpo de um adolescente de 13 anos que estava desaparecido no município de Satuba (AL) foi encontrado nesta quinta-feira por uma equipe do Corpo de Bombeiros no rio Mundaú.

Com isso, já são 13 mortes confirmadas como resultado das chuvas no litoral nordestino, sendo oito vítimas em Alagoas e cinco em Pernambuco.

Uma pessoa ainda está desaparecida na Grota de Santo Amaro, em Maceió, onde um deslizamento de terra matou quatro pessoas da mesma família.

Em Pernambuco, o número de cidades consideradas como atingidas pelas chuvas subiu de 25 para 31.

Por outro lado, o número de pessoas desabrigadas ou desalojadas foi atualizado e caiu de 55 mil para 43 mil famílias, com o retorno de parte da população para suas casas. Em Alagoas, são 24 mil pessoas fora de suas casas e 26 cidades em estado de emergência.

Dois hospitais de campanha do Exército estão sendo instalados em Rio Formoso (PE) e Marechal Deodoro (AL) para atender as vítimas das cidades atingidas pelas chuvas.

As chuvas cessaram na maior parte dos dois Estados e o nível dos rios que transbordaram está diminuindo.

Sul

Já no Rio Grande do Sul, 4.790 pessoas estão fora de suas casas devido aos transtornos provocados pelas chuvas. Ao todo, 74 municípios foram atingidos, sendo que 30 deles decretaram situação de emergência.

O nível dos rios São Borja, Itaqui, Iraí e Uruguaiana continua subindo. A Defesa Civil informou que segue em alerta para atender a ocorrências de inundações, desabamentos e deslizamentos de terra. (Folhapress)

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