A China ordenou nesta quinta-feira (28) o fechamento de empresas estabelecidas no país por entidades ou cidadãos norte-coreanos. Pequim é o principal parceiro comercial de Pyongyang.
Segundo o ministério chinês de Comércio, as companhias têm até meados de janeiro para encerrarem suas operações na China, quando se completarem 120 dias da aprovação de sanções pelo Conselho de Segurança da ONU contra a economia norte-coreana devido ao programa nuclear do regime de Kim Jong-un.
Norte-coreanos operam restaurantes e outros empreendimentos na China, ajudando a fornecer ganhos em moeda estrangeira para a Coreia do Norte. Operários norte-coreanos também trabalham em fábricas chinesas.
Também nesta quinta-feira, o Ministério da Defesa afirmou que as Forças Armadas chinesas farão todas as preparações necessárias para proteger a soberania nacional, a paz e a estabilidade regional, quando questionado sobre o risco de um conflito na península Coreana.
O porta-voz do ministério, Wu Qian, reiterou a visão da China de que a questão precisa ser resolvida através de conversas, não de meios militares, que ele disse não serem uma opção para resolver tensões.
A China, um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, apoiou as últimas sanções contra o ditador Kim Jong-un, mas não deseja pressionar o regime tão fortemente com receio de um colapso que traga milhões de refugiados norte-coreanos às suas fronteiras.
A última rodada de sanções da ONU proibiu países-membros de operar empreendimentos com a Coreia do Norte -a maioria deles está localizada na China.
As restrições também atingiram a venda de gás natural para Pyongyang e as exportações norte-coreanas da indústria têxtil, outra fonte importante de receita.
O fornecimento de energia para a Coreia do Norte foi outro alvo das sanções aprovadas em 11 de setembro, após a Coreia do Norte realizar seu sexto e mais poderoso teste nuclear.
A maior parte é fornecida por Pequim, que no sábado (23) anunciou o corte do envio de gás e a limitação do envio de petróleo refinado a partir de 1º de janeiro. Não mencionou, porém, o envio de petróleo bruto, que consiste na maior fatia de combustível que a China vende para a Coreia do Norte e não está coberta pelas sanções da ONU.
No início de setembro, as importações pela China de carvão, ferro e chumbo da Coreia do Norte, além de mariscos, também foram suspensas. (Folhapress)