O campeão Chelsea amargou sua primeira derrota na atual edição da Liga dos Campeões logo na segunda rodada. Diante de uma Juventus fechada atrás, apostando nos contragolpes, viu Chiesa definir o 1 a 0 em Turim e colocar a equipe italiana na liderança isolada do Grupo H. Lukaku decepcionou em sua volta à Itália, pouco ameaçando o gol dos rivais.
Acostumado a dar trabalho aos oponentes pela fote defesa, o Chelsea sentiu na pele nesta quarta-feira o que impõe em campo. Mesmo fora de casa, sofreu com a enorme marcação e os contragolpes da Juventus, curiosamente as características principais dos ingleses. Com o tropeço, o atual campeão permanece com três pontos, enquanto a Juventus subiu para seis, perfeita na chave e isolada na frente.
Favoritos às duas vagas da chave, italianos e ingleses prometiam um belo duelo em Turim. A expectativa era de bastante trabalho com Lukaku de um lado e Chiesa, do outro – a Juventus não tinha Morata e Dybala. Os centroavantes carregavam a esperança de triunfo e viveram dia distinto. Um apareceu bem e definiu, enquanto o outro pouco fez isolado na frente.
A primeira chance do belga saiu com seis minutos. Mandou fraco nas mãos do goleiro. Mesmo em casa, a Juventus não conseguiu ter a bola nos pés nos primeiros minutos e quando a recuperava, não sabia o que fazer. O nervosismo era evidente e a postura, toda defensiva, mesmo com o experiente Chiellini na reserva.
Ciente que do outro lado estava o atual campeão, os italianos não se envergonharam em ficar na defesa, apostando apenas na roubada de bola ou no erro inglês para atacar. Assim, assustaram com Chiesa batendo raspando em lance de velocidade. A postura era bem diferente da apresentada nos 3 a 0 sobre o Malmo, fora de casa, na estreia.
Mesmo com pouca posse de bola, os italianos melhoraram na reta final e foram para o descanso empolgados com o crescimento na partida, sempre no contra-ataque. Seguraram o Chelsea e tiveram poucas, mas boas oportunidades.
Bastou um pouco de coragem do time do Massimiliano Allegri na etapa final para a Juventus abrir o marcador. Logo com 10 segundos, Chiesa recebeu e girou, para enorme festa da torcida. Não desperdiçou sua segunda oportunidade na partida. Alegria de um lado e cara de poucos amigos de Lukaku do outro.
O belga ainda falhou numa cabeçada no meio do segundo tempo e não escondia seu descontentamento, passando a mão no rosto, sem acreditar na apresentação fraca do time. Tomás Tuchel fez cinco mudanças com 75 minutos e, mesmo assim, não igualou o marcador. Lukaku falhou mais duas vezes e a festa foi em preto e branco, com muitos sorrisos e abraços.
BAYERN SOBRA E BARCELONA DECEPCIONA – no Grupo E, com duas rodadas disputadas. Depois de ver sua série de 19 gols seguidos interrompida na visita ao Greuther Furth, no jogo passado, Lewandowski voltou a balançar as redes nesta quarta-feira. Em dose dupla. O polonês abriu caminho da goleada bávara sobre o Dynamo Kyev, em Munique, de pênalti, e logo depois recebeu e bateu forte, no canto esquerdo do goleiro. Gnabry, Sané e Choupo-Moting fecharam os 5 a 0 na fase final. Com 100% de aproveitamento, os alemães estão tranquilos na chave e têm o melhor ataque ao lado do Liverpool.
Situação bem diferente vive o Barcelona. O antes temido clube catalão caiu muito de rendimento, sobretudo após a saída de Messi para o PSG. Depois de levar 3 a 0 do Bayern no Camp Nou, tentava se recuperar em visita ao Benfica. Mas, bastaram dois minutos para novo resultado positivo começar a ser construído. Lançamento longo para o uruguaio Nunez, que passou como quis pelo marcador e mandou para as redes.
A situação ficou ainda pior com nova bola na rede, desta vez de Rafa Silva na etapa final. O time espanhol lutou, porém não conseguiu reação e, no fim, ainda viu Nunez definir os 3 a 0. Os espanhóis amargam a lanterna da chave, sem pontos e com -6 negativos. Os portugueses assumiram o segundo lugar com 4 pontos.
(Conteúdo Estadão)