O semanário satírico francês “Charlie Hebdo” dedicou a capa da edição desta semana ao “ex-presidente” Barack Obama.
Passada a eleição presidencial americana, nesta terça-feira (8), Obama volta a ser um homem comum que foge de balas da polícia, retrata o veículo.”Obama de novo cidadão como os outros”, escreveu.
A sequência de mortes de negros americanos pela polícia tem alimentado a tensão racial no país e provocado uma série de manifestações em cidades americanas.
Segundo o banco de dados do jornal “Washington Post”, a polícia dos EUA matou ao menos 715 pessoas em 2016 -e 24% das vítimas são negros, que correspondem a 12% da população.
Na divulgação da edição pela internet, na madrugada desta quarta (9), pouco antes da confirmação do resultado do pleito que elegeu o republicano Donald Trump, o semanário diz que “qualquer que seja o resultado da eleição presidencial americana, a direita radical parece agora estar implantada como um novo ator inquietante da cena política”.
Há pouco menos de dois anos, a redação do “Charlie Hebdo” foi alvo de um atentado terrorista que matou 12 pessoas, incluindo o diretor do semanário, o cartunista Stéphane Charbonnier (o Charb).
Apesar da brincadeira, Obama só deixará a Casa Branca em janeiro de 2017, quando Trump assumirá, então, o comando do país.
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