VICTOR MARTINS
BELO HORIZONTE, MG (UOL/FOLHAPRESS) – O Atlético-MG jogou mal diante da Chapecoense, nesta quarta-feira (16), na Arena Condá, em Chapecó, e está fora da Copa do Brasil. O jogo terminou empatado por 0 a 0, assim como tinha acontecido no duelo de ida, em Belo Horizonte, e a equipe mineira foi eliminada na disputa por pênaltis.
Com isso, o Atlético-MG fica sem o prêmio de R$ 3 milhões, pago para quem chega às quartas de final do torneio. A Chapecoense, por sua vez, espera seu adversário das quartas de final, que será definido por sorteio.
Na decisão por pênaltis, os dois atacantes titulares do Atlético-MG erraram. Ricardo Oliveira parou em Jandrei, e Róger Guedes mandou para fora. Victor ainda tentou evitar a eliminação, defendendo a cobrança de Bruno Pacheco e quase pegando o chute de Rafael Thyere, mas a bola bateu na trave e entrou após o goleiro atleticano espalmar. No fim, a Chapecoense venceu por 4 a 3.
Entre os destaques da partida, o goleiro Jandrei, da Chapecoense, não teve muito trabalho durante os 90 minutos. Foram poucas tentativas do Atlético, sempre em chutes de longe, sem muito perigo. Mas ele brilhou quando precisou, na decisão por pênaltis. O arqueiro da Chape defendeu a cobrança de Ricardo Oliveira, a primeira da série.
Com a titularidade ameaçada após o crescimento de produção de Cazares, Otero foi mantido no time por Thiago Larghi e mais uma vez não foi bem. Se contra o Atlético-PR, pelo Brasileirão, o venezuelano foi substituído durante o primeiro tempo, contra a Chapecoense ele ficou em campo alguns minutos a mais. Pior jogador do time na etapa inicial, o camisa 11 saiu no começo do segundo tempo.
Uma das características do Atlético-MG desde que Thiago Larghi assumiu o comando técnico do time é a qualidade na saída de bola. Mesmo em situações de pressão a equipe consegue tocar a bola na defesa até chegar no campo de ataque. Porém, a Chapecoense conseguiu tirar esse ponto forte do time alvinegro, que teve de apelar para chutões e errou bastante. A dificuldade na saída de jogo fez com que a bola pouco chegasse com qualidade nos homens da frente.
Do outro lado, com uma equipe inferior tecnicamente, a Chapecoense não deixou o Atlético jogar. O time catarinense marcou muito forte, já na saída de bola, evitando que o Galo iniciasse seu jogo no campo defensivo. Abusando da força e da velocidade de seus jogadores, foi a Chapecoense quem criou as melhores oportunidades.
Se no primeiro tempo o jogo foi mais travado, tendo a Chapecoense a grande chance dos primeiros 45 minutos, a etapa final foi de muita tensão para os atleticanos.
A dificuldade para fazer o jogo de toque de bola, desde a defesa, fez com que o Atlético se desorganizasse em campo. A Chape bem que tentou aproveitar o momento de instabilidade e criou algumas boas chances, mas acabou pecando nas finalizações. No fim, mais um 0 a 0 levou a disputa da vaga para os pênaltis.
CHAPECOENSE
Jandrei; Apodi, Rafael Thyere, Douglas, Bruno Pacheco; Amaral, Marcio Araújo, Canteros (Nadson); Guilherme (Luiz Antônio), Arthur (Bruno Silva), Wellington Paulista. T.: Gilson Kleina
ATLÉTICO-MG
Victor; Patric, Leonardo Silva, Bremer, Fábio Santos; Adilson (Luan), Gustavo Blanco (Elias), Cazares, Otero (Erik); Róger Guedes, Ricardo Oliveira. T.: Thiago Larghi
Estádio: Arena Condá, em Chapecó (SC)
Juiz: Leandro Bizzio Marinho – SP (CBF)
Cartões amarelos: Wellington Paulista (Chapecoense); Patric (Atlético-MG)
Cartão vermelho: Fábio Santos (Atlético-MG)
Pênaltis:
Atlético-MG – Ricardo Oliveira (Jandrei pegou), Luan (gol), Leonardo Silva (gol), Róger Guedes (fora) e Cazares (gol)
Chapecoense – Wellington Paulista (gol), Luiz Antônio (gol), Nadson (gol), Bruno Pacheco (Victor pegou) e Rafael Thyere (gol)