No Mercosul, apenas a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, não virá.
Brasília – A segunda posse da presidente Dilma Rousseff irá reunir em Brasília 70 delegações estrangeiras, entre chefes de Estado, chefes de governo, vices e chanceleres.
O convidado mais esperado, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, será o último a chegar. Quando seu avião aterrissar em Brasília, às 15h20, Dilma já estará na cerimônia de posse no Congresso Nacional. O vice-presidente participa dos cumprimentos no Palácio do Planalto e do coquetel no Itamaraty, e deve ir embora logo depois.
A curta visita, no entanto, não diminui a importância de mais um encontro entre Biden e Dilma. É o sinal mais claro da reaproximação entre o Brasil e os Estados Unidos e pode marcar a retomada da relação entre os dois países, abalada desde a descoberta de que a National Security Agency (NSA) espionou o governo brasileiro. Da presença de Biden pode sair a autorização para que a visita de Dilma a Washington seja finalmente remarcada.
Caças. A lista inclui ainda o primeiro-ministro da Suécia, Stefan Lofven, que vem como forma de agradecimento pelo contrato celebrado pelo Brasil com a sueca Saab para construção de caças para Força Aérea Brasileira. Entre os parceiros dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), a representação será feita por vice-presidentes.
No Mercosul, apenas a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, não virá. A informação oficial é de que teria machucado o tornozelo em uma queda, mas antes mesmo disso a previsão era que o país seria representado por Amado Boudou, vice-presidente, porque a presidente não tem se sentido bem. Da região estão confirmados, ainda, o presidente da Bolívia, Evo Morales, e a presidente do Chile, Michele Bachelet.
As delegações começaram a chegar ao Brasil na noite do último domingo. Até a meia-noite de ontem, 20 autoridades estrangeiras já tinham sido recebidas, incluindo chefes de Estado, vices, ministros e embaixadores não-residentes – aqueles de países que não tem representação no Brasil.
Outras 37 devem chegar durante o dia de hoje, inclusive a do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e do presidente eleito do Uruguai, Tabaré Vasquez, que vem acompanhando o atual presidente, José Mujica.
As delegações serão acompanhadas por 300 homens da Polícia Federal. A exceção é a segurança de Joe Biden que, além da PF, traz seguranças e homens do serviço secreto americano. Os Estados Unidos foi o único a requerer o porte provisório de armamento para os seguranças do vice-presidente. Foram 91 pistolas e 15 armas longas – uma delas de precisão, usada por atiradores de elite para longas distâncias.
O esquema de segurança da posse contará com 4 mil militares e 3,6 mil agentes da polícia, sob a chefia do Comando Militar do Planalto, do Exército. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.