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Cerca 30% da cirurgias bucais no Brasil são feitas com produtos ilegais

É comum odontólogos que atendem planos de saúde e recebem pouco por procedimento usarem materiais mais baratos, muitos até fornecidos pelos próprios planos e que não são de primeira linha, mas que são certificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, há um problema em relação a produtos ilegais. Segundo a Anvisa, quase 30% das cirurgias no país, a maioria de implantes dentários, são feitas com produtos não-registrados.

A Associação Brasileira das Indústrias de Equipamentos Médicos e Odontológicos percebeu que o número de reclamações de profissionais da área, principalmente com problemas nos implantes, tem se tornado mais comum e denunciou o caso.

Em dezembro do ano passado, a Anvisa fechou duas fábricas clandestinas, em São Paulo, que falsificavam implantes médicos e dentários. A maioria dos materiais era usado em implantes e produzido sem as mínimas condições de higiene. Pelo menos outros 35 alvos estão sendo investigados em todo o Brasil.

Além da fabricação irregular, os fiscais constataram pirataria. Eles faziam cópias de peças e de nomes de fabricantes licenciados. Com isso, os profissionais não sabiam que estavam comprando produtos falsificados.

Para o cirurgião-dentista Leonardo Lara, especialista em reabilitação oral, os profissionais de saúde devem redobrar os cuidados na hora de comprar os produtos.

Usar materiais falsificados e produzidos sem nenhum padrão de qualidade, além de ter uma durabilidade menor, pode provocar irritações bucais e até infecções mais graves colocar a vida dos pacientes em risco.

Para Leonardo Lara, as principais vítimas de toda essa indústria de falsificações são os pacientes que podem ter seu tratamento prejudicado, por isso, faz um alerta. “O paciente tem o direito de saber qual a marca ou especificação do implante e componentes que estão indo na sua boca. Geralmente todos os materiais utilizados possuem três selos onde constam a marca, modelo e lote. Uma dessas vias pode ser repassada ao paciente”.

Outra orientação do especialista é procurar profissionais credenciados ao Conselho de Odontologia e clínicas que se preocupem com a transparência e limpeza do ambiente.

Samuel Straiotto

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