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Centrais sindicais marcam nova greve geral para junho

Centrais sindicais deliberaram nesta segunda-feira (29) por realizar uma nova greve geral no país. A paralisação deve ocorrer entre os dias 26 e 30 de junho e terá novos ingredientes e motivação, na visão dos organizadores: o crescente movimento das Diretas-Já e o descontentamento da população com o governo do presidente Michel Temer, alvo das delações dos donos do frigorífico JBS, um dos maiores do mundo.

Além da posição contrária às atuais propostas das reformas trabalhista e previdenciária, a greve geral vai reivindicar novas eleições presidenciais ainda em 2017, reforma política e mais direitos sociais. Um plano contra a crise econômica e a situação política atual foi apresentado pela Frente Brasil Popular na noite desta segunda, no Tuca (Teatro da Pontifícia Universidade Católica), em São Paulo.

“Não temos dúvida de que a sociedade vai apoiar ainda mais a greve geral, porque na anterior não tinha essa crise do Temer. O Brasil está perdido e a economia está em crise. Todos os brasileiros estão vendo essa situação e o descontentamento é geral”, afirmou o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas.

A última greve geral ocorreu em 28 de abril e foi considerada pelos organizadores como “a maior paralisação da história do Brasil”. “A ideia é paralisar a economia do Brasil, para todo mundo perceber que é o trabalhador que o move esse país”, disse Freitas. Uma reunião no próximo dia 5 deve discutir a participação de diversos sindicatos pelo país, além de movimentos sociais e instituições.

Participaram do ato no Tuca o ex-prefeito da capital paulista Fernando Haddad, a reitora da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Maria Amália Pie Adib Andery, e o escritor e jornalista Fernando Morais. A plateia estava cheia e os discursos foram interrompidos diversas vezes por gritos de “Diretas-Já” e “Fora Temer”.

MAIS DIAS

Uma das principais discussões da nova greve geral é se a paralisação será de apenas um dia ou mais. Ainda não há unanimidade entre os organizadores.

Participam das discussões, além da CUT, a Força Sindical, CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), UGT (União Geral dos Trabalhadores), Nova Central Sindical de Trabalhadores, CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), Intersindical, CSPConlutas e outras.

Segundo Adilson Araújo, presidente da CTB, as manifestações organizadas por movimentos sociais estão dando resultado. Uma das evidências, de acordo com ele, foi a retirada do deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR) do comando do Ministério da Justiça, sob a acusação de aliados de não conseguir conter o avanço das manifestações contra o governo Temer.

“Nossos atos e manifestações estão numa crescente e a expectativa é de que mais gente participe da próxima greve geral. Seremos mais de 40 milhões. O plano que apresentamos hoje é um anúncio de união para a retomada do desenvolvimento da economia com novas eleições. Queremos Diretas-Já”, disse ele.

Ambos acusaram o presidente Temer de tentar criminalizar os movimentos sociais e sindicais, e de coagir a população de participar de atos e manifestações públicas, ao solicitar à AGU (Advocacia-Geral da União) para ingressar com ações judiciais para que responsáveis por danos ao patrimônio público responsam criminalmente.

“Essa é mais uma tentativa de amordaçar, de calar o povo. Mas nós podemos dizer em alto e bom som que não vão nos calar, não vão intimidar os movimentos sindicais. Não podemos ser responsabilizados por atos de terceiros. Cabe ao governo identificar os verdadeiros causadores de danos ao patrimônio público”, disse o presidente da CTB.

“O que o Temer deveria fazer é acionar o Ministério Público para que obriguem os políticos, inclusive ele, de ressarcir o Brasil dos danos causados por esse governo. Milhões de empregos perdidos, prevaricação Crime é o que não falta”, afirmou o presidente da CUT.

Charlie Pereira

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