Os dados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira (22) apontam que a quantidade de pessoas pardas no Brasil superou o de brancas. Segundo o levantamento, enquanto 92,1 milhões de pessoas se reconheciam como pardas, 88,3 milhões se reconheciam como brancas.
Entre 2010 e 2022, a população branca caiu de 47,7% para 43,5%, e a população parda saiu de 43,1% para 45,3%. Já a população negra também sofreu um grande salto, de 7,6% para 10,2%. A raça indígena também aumentou, saindo de 0,4% para 0,6%.
O padrão do IBGE é agrupar as pessoas em cinco categorias conforme raça ou cor, sendo estas branca, preta, amarela (de origem oriental), parda (inclui quem se identifica com a mistura de duas ou mais cores, exceto amarela) e indígena, por meio de uma coleta de dados feita por autodeclaração. O conceito de raça é utilizado como uma categoria socialmente construída na interação social, não sendo, portanto, um conceito biológico, de acordo com o IBGE.
Os recortes por regiões, estados e municípios também apresentam variação. Por exemplo, no Sul e no Sudeste, a população é majoritária, entretanto no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, a maioria é parda. Entre os estados, o Rio Grande do Sul apresenta 78m4% da população branca, enquanto o Pará tem o maior índice de pardos, com 69,9%.
Em relação as outras categorias de raça ou cor, a Bahia é o estado que mais concentra a população preta, com 22,4%, Roraima a população indígena (14,1%) e São Paulo, a população amarela (1,2%).