A CELG fechou contrato com a Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiás (CDL) para levar ao SPC o nome dos inadimplentes com a companhia. Entre pessoas físicas e jurídicas, pelo menos 50 mil consumidores devem ser negativados.
Até o fim de 2014, 360 mil unidades consumidoras (cerca de 30 mil por mês), devem ter o cadastro negativo no Estado. Todos os que estiverem com as contas de energia em atraso por mais de 15 dias poderão ser inscritos.
A expectativa da companhia é sanar um déficit de mais de R$ 70 milhões com as contas atrasadas. Hoje, a Celg tem R$ 1,1 bilhão de contas a receber – onde inclui dados da inadimplência e, principalmente, os parcelamentos.
Veja a informação, divulgada pela CDL Goiânia:
“Ainda esta semana a CELG vai encaminhar para registro no banco de dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Goiânia, uma relação de nomes de pessoas físicas e jurídicas inadimplentes com a empresa. A medida, que estava suspensa desde 2010, voltou à condição legal depois que a entidade venceu o pregão da CELG para fornecer o serviço. O contrato foi assinado nesta segunda-feira, 6 de janeiro, pelo presidente da CDL Goiânia, Romão Tavares da Rocha; pelo superintendente de Atendimento e Serviços Comerciais da CELG, Marcelo Mundim Resende; e pelo representante do Departamento de Gestão de Inadimplência da CELG, Tiago Lage Miotto.
A CDL forneceu o mesmo serviço à CELG até 2010. Como o contrato expirou, foi necessário um novo processo licitatório que voltou a consagrar o SPC vencedor. De acordo com Tiago Miotto, a prioridade da empresa para a chamada negativação de nomes junto ao SPC são os grupos de alto risco de inadimplência e aquelas unidades consumidoras cujos responsáveis não pagam a conta de energia elétrica e corte de energia tem um custo maior do que o processo de negativação. No primeiro caso estão inquilinos que não quitam a conta e desaparecem deixando o problema para o proprietário do imóvel. No segundo estão inclusos casos de produtores rurais.
O contrato celebrado entre CELG e CDL Goiânia prevê que a medida vai atingir cerca de 360 mil unidades consumidoras por ano, ou 30 mil por mês. Não é muito se for levado em consideração que a companhia energética goiana trabalha com um universo de 2,5 milhões de unidades consumidoras. “Nossa expectativa é ampliar esse número a partir dos próximos contratos”, prevê Marcelo Mundim.
Tiago Miotto lembra que o procedimento já é adotado por grandes companhias energéticas do país. A expectativa de mercado prevê uma recuperação em torno de 60%. “A negativação antes do corte gera redução de custos para a CELG e comodidade para o consumidor”, explica o administrador.
Reaviso na fatura
Em 2010, quando expirou o contrato de negativação de inadimplentes com a CELG, entrou em vigor a Resolução 414 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que veda a suspensão do fornecimento de energia após 90 dias, contados a partir da data da fatura não paga. Até dezembro último, a CELG emitia um reaviso impresso a partir de cinco dias de atraso no pagamento. Agora, o reaviso é gerado na fatura subsequente e o corte do fornecimento ocorre 15 dias depois, caso a dívida não seja quitada.”