A partir da necessidade de criar um Plano de Gestão Ambiental para a Centrais de Abastecimento do Estado de Goiás (Ceasa), o presidente do órgão, Edvaldo Cardoso, informou nesta sexta-feira (4), em entrevista à Rádio 730, que foi elaborado um plano de responsabilidade ambiental que irá fazer o tratamento de todo o resíduo gerado na Ceasa. O lixo orgânico será transformado, então, em fertilizantes naturais.
“Realizamos duas audiências públicas, justamente para que pudéssemos obter junto às Universidades, aos pesquisadores, qual seria a melhor solução para esse lixo da Ceasa. A solução encontrada foi: transformar esse resíduo em produção de fertilizante orgânico, que poderá, inclusive, ser aproveitado pelos produtores rurais que comercializam na Ceasa”, disse.
De acordo com Edvaldo Cardoso, a Ceasa deverá publicar um edital, em até um mês, para contratar empresa privada que faça a transformação do lixo orgânico gerado e que, antes, era descartado no aterro sanitário de Goiânia.
“90% de todo volume diário é resíduo orgânico. Temos ainda os 10% restantes, que são madeira, papel, plástico, metal, que poder ser reciclado. Em primeiro momento, esses 90% em uma usina de produção de fertilizante orgânico. O segundo viés é implantar um processo de coleta seletiva”, explicou.
Segundo o presidente, será feito um trabalho de educação ambiental com todos os trabalhadores da Ceasa, para que seja feita a correta separação e coleta do lixo. Desta forma, cada gerador de resíduo deverá fazer a separação para que o trabalho sustentável consiga progredir.
Ainda conforme Edvaldo Cardoso, a Ceasa não terá custos com a produção de fertilizante. A empresa que coletará esse lixo orgânico ficará responsável pela produção do fertilizante, sem cobrar nada da Ceasa. Em contrapartida, a empresa poderá comercializar esse produto.
“Vamos transformar isso, que é lixo, em matéria-prima e vamos conceder a um particular, para que ele produza o fertilizante orgânica. Ele terá que fazer isso sem custo para a Ceasa. A ótica é ‘vamos te fornecer a matéria-prima, você faz seu investimento e vai se remunerar com a comercialização do fertilizante’. Nós teremos redução de custo financeiro e, mais importante, uma contribuição ambiental excepcional”, concluiu o presidente.