Uma reunião na tarde desta segunda-feira (17), com as presenças do presidente do Goiás Esporte Clube, Paulo Rogério Pinheiro, presidente da Federação Goiana de Futebol, André Luiz Pitta, o Ministério Público de Goiás e o Grupo de Atuação em Grandes Eventos de Futebol, garantiu a realização do jogo Goiás x Corinthians pelo Campeonato Brasileiro com a presença das duas torcidas no Estádio Hailé Pinheiro.
A CBF vai agora definir uma nova data do confronto que é válido pela 32ª Rodada da competição e que foi suspenso no último sábado, pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva, quatro horas antes da bola rolar.
Confira a informação detalhada pelo Ministério Público do Estado de Goiás
Coordenado pela subprocuradora-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Laura Maria Ferreira Bueno, o encontro reuniu o coordenador do GFUT, Diego Osório da Silva Cordeiro, e integrantes do Batalhão Especializado de Policiamento em Eventos (Bepe) da Polícia Militar de Goiás, da presidência da Federação Goiana de Futebol (FGF) e do Goiás Esporte Clube.
Conforme destacado pela procuradora, as tratativas apresentadas pelo MPGO buscam garantir a segurança de todos os torcedores, diante da identificação de possíveis riscos aos frequentadores. “Este é um exemplo de como o MP pode atuar de forma eficaz por meio de uma articulação extrajudicial com os envolvidos, visando a garantir, de forma célere, o direito dos cidadãos ao lazer, no caso em questão, assistir ao jogo do seu clube do coração”, afirmou.
A partida seria realizada na noite do último sábado. Depois de ser procurado pelo Bepe, que alegou risco à segurança dos torcedores, o MPGO recomendou que o jogo fosse realizado com torcida única (a do Goiás). A CBF acatou o pedido mas, após solicitação do Corinthians, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) determinou que ambas as torcidas estivessem presentes. Diante disso, o MPGO recorreu ao Poder Judiciário, conseguindo uma decisão no Tribunal de Justiça determinando que somente a torcida do Goiás estivesse presente. A poucas horas do jogo, o STJD decidiu adiar a partida.
“É importante ficar claro que nossa intenção ao recomendar a torcida única e atuar judicialmente neste sentido era para garantir a segurança de todos, tendo em vista que o Bepe identificou a grande probabilidade de atos de violência entre as duas torcidas”, afirma Diego Osório.
Entre os compromissos assumidos que visam à garantia dessa segurança estão:
Assinaram o documento, pelo MPGO, a subprocuradora Laura Maria Bueno e o coordenador do GFUT Diego Osório. Pelo Bepe firmaram o compromisso o tenente-coronel Dário de Araújo Martins, o major Wildey Coelho Bezerra e o capitão Rondinele Souza Oliveira. Assinara ainda o acordo André Luiz Pitta Pires, da FGF e Paulo Rogério de Carvalho Pinheiro, presidente do Goiás Esporte Clube.
Partida mais recente teve atos de violência
Em 19 de junho deste ano, quando as duas equipes se enfrentaram na Arena Neo Química (estádio do Corinthians), em São Paulo, a torcida Força Jovem do Goiás sofreu uma emboscada de integrantes das torcidas do time paulista. O resultado foi uma grande batalha campal na Marginal Tietê, com a utilização, inclusive, de fogos de artifícios, barras de ferro e de madeira. O confronto deixou um saldo de várias pessoas feridas e outras 17 detidas. (Texto: Cristina Rosa, Pedro Palazzo e Mariani Ribeiro /Assessoria de Comunicação Social do MPGO)