FÁBIO ALEIXO
MOSCOU, RÚSSIA (FOLHAPRESS) – A CBF quebrou o acordo que havia de todos os dez membros da Conmebol votarem na candidatura conjunta de Canadá, Estados Unidos e México (United 2026) para a Copa do Mundo e acabou optando no voto em Marrocos, que saiu derrotado em eleição nesta quarta-feira (13) em Moscou.
O apoio unânime da entidade sul-americana havia sido anunciado após a reunião do conselho da entidade na última segunda-feira (11) em um hotel da capital russa.
Isso inclusive havia sido colocado no Twitter da entidade.
A escolha do Brasil acabou não fazendo diferença, uma vez que a United 2026 teve 134 votos contra apenas 65 dos africanos.
Isso, entretanto, poderá levar a uma crise de relacionamento dentro da entidade presidida pelo argentino Alejandro Domínguez.
“Não fui eu que votei. Dei para um de nossos delegados votar. Mas eu votaria mesmo no Marrocos. Ainda não teve Copa do Mundo lá, era uma chance para eles”, disse o presidente da CBF Coronel Nunes.
“Por que não escolher o Marrocos e dar para Estados Unidos onde já teve uma Copa e para o México que vai para a terceira?”, disse o mandatário.
O presidente então foi questionado se não valeria ter feito um esforço na Conmebol para que mais países votassem por Marrocos.
“Não tem como influenciar lá não”, disse Nunes.
A escolha da CBF não foi bem assimilada pela candidatura da América do Norte.
“Foi uma surpresa para nós quando olhamos os votos. Mas respeitamos as decisões, que são tomadas de forma individual. Mas não estamos preocupados em quem não votou em nós”, disse Carlos Cordeiro, presidente da US Soccer, a federação americana de futebol e um dos chefes da candidatura norte-americana.
Decio di Maria, presidente da confederação mexicana, deu uma alfinetada na CBF.
“Para mim, em particular, significa que temos que fazer um melhor trabalho para que dentro de 8 anos o Brasil faça um comunicado e diga que tira o chapéu”, disse.