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Caso Odebrecht: Justiça peruana pede prisão de ex-presidente Ollanta Humala

A Justiça peruana decretou nessa quinta-feira (13) a prisão preventiva, por 18 meses, do ex-presidente Ollanta Humala (2011-2016) e de sua mulher, Nadine Heredia. O casal foi acusado de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, com base em delações do empresário brasileiro Marcelo Odebrecht,  segundo as quais a Construtora Odebrecht teria pago US$ 3 milhões de dólares para a campanha que elegeu Humala presidente em 2011.

Humala reagiu à decisão do juiz Richard Concepcion Carhuanco por Twitter: “Essa é a confirmação do abuso de poder, ao qual faremos frente”,  escreveu. Os advogados do casal prometeram recorrer à Justiça, que ainda não julgou, nem condenou o ex-presidente.

Em abril, o mesmo juiz, Concepcion Carhuanco, decretou a prisão preventiva, por 18 meses, de ex-presidente Alejandro Toledo (2001-2006), acusado de ter recebido US$ 20 milhões da Odebrecht, mas Toledo trabalha para a universidade norte-americana de Stanford e não voltou ao Peru para prestar contas à Justiça, que ordenou sua captura.

Risco de fuga

O Ministério Publico peruano pediu a prisão preventiva de Humala e sua mulher na terça-feira (11), alegando que havia risco de fuga, pois as duas filhas adolescentes do casal viajaram aos Estados Unidos.  Humala acusou o procurador German Juarez, que fez o pedido, de persegui-lo, já que disse ter dado provas de que colaboraria com a Justiça.

“Estamos aqui e até entregamos nossos passaportes [às autoridades]”, disse Humala, numa rápida entrevista em Lima, capital peruana, enquanto esperava a decisão do juiz. Além de Humala e Toledo, o ex-presidente Alan Garcia (2006-2011) também está envolvido no escândalo Odebrecht. Ele também diz ser inocente.

A Odebrecht admitiu, perante a Justiça norte-americana, ter pago US$ 788 milhões em propina em doze países entre 2001 e 2016, desencadeado uma série de investigações.  Oito países, além do Brasil e do Peru, são da América Latina: Argentina, Colômbia, Equador, Guatemala, México, Panamá, República Dominicana e Venezuela.

Marcley Matos

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