Publicidade
Cidades
| Em 10 meses atrás

Caso de bebê com quatro rins é considerado raríssimo, afirma urologista

Compartilhar

Nascida em Formosa, a pequena Isis Eloah Ferreira Alves, hoje com 1 ano e 1 mês, causou espanto na equipe médica. A criança nasceu com quatro rins, fenômeno raríssimo que aparece apenas cem vezes na literatura mundial. Conhecido na medicina como rins supranumerários, o caso se trata de uma malformação que ocorre ainda na gestação.

O urologista, doutor pela Usp, Pedro Junqueira revela que não existe uma explicação definitiva sobre o porquê do desenvolvimento de mais de um rim de cada lado. “Geralmente, o que pode acontecer é um estímulo dos tecidos que ficam na região. Isso faz com que eles se dupliquem e, assim, formem órgãos além do que se espera”, detalha Pedro.

Publicidade

Em todo o mundo, só existem outros cem casos registrados na literatura médica. Entretanto, Pedro explica que o número pode ser maior devido a falta de diagnostico. “A maioria dos casos não são diagnosticados, então, na realidade, nós vamos ter aí uma incidência maior do que essa. Apesar de ser algo bastante raro, o especialista explica que a condição não apresenta grandes riscos para a saúde.

Publicidade

“A nossa preocupação com esse paciente é de que ele tenha um pouco mais de chance de apresentar alguma alteração em algum desses rins. Existe um pouco mais de chance dele apresentar alterações como cálculos renais e, às vezes, até infecção urinária de repetição. Então, o que se faz com esse paciente é apenas um acompanhamento regular”, explica Pedro.

Publicidade

Nos casos de rins supranumerários, não existe a necessidade de algum tipo de tratamento específico e também não tem a necessidade de se fazer alguma intervenção. “Esse rim tá lá quietinho, tá fazendo a sua parte, não prejudicando o paciente, não tendo nenhuma doença grave, não tendo nenhum tumor, por exemplo, nós não vamos ter que tirar esse rim. Da mesma forma que nós fazemos com os pacientes que têm apenas dois rins”, conclui.

Ao g1, a mãe de Eloah confirmou que a bebê tem uma vida normal. Além dos rins supranumerários, ela nasceu prematura, tem alguns atrasos motores e toda a semana realiza acompanhamentos e exames de rotina. “É bem difícil, mas satisfatório saber que minha filha é rara e única. Tento ver o lado bom da maternidade, porque não é fácil”, relatou a mãe na entrevista.

Publicidade
Publicidade
Elysia Cardoso

Jornalista formada pela Uni Araguaia em 2019