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Categorias: Variedades
| Em 7 anos atrás

Casamento real aposta na diversidade e mostra abertura da Coroa

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DIANA BRITO
WINDSOR, REINO UNIDO (FOLHAPRESS) – A cerimônia do casamento do príncipe Harry, sexto na sucessão real britânica, com a atriz americana Meghan Markle uniu signos tradicionais da realeza a elementos que acenam para a origem negra de parte da família da noiva.

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A tiara de diamantes usada por Markle foi feita para a rainha Mary, avó de Elizabeth 2ª, em 1932. Porém, a noiva usou vestido da grife francesa Givenchy, ainda que desenhado pela britânica Clare Waight Keller, primeira mulher a dirigir a marca.

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O cerimonial contou com sermão proferido pelo reverendo afro-americano Michael Curry, chefe da Igreja Episcopal, além de coral gospel cantando a música americana “Stand by Me”. O violoncelista britânico Sheku Kanneh-Mason, de 19 anos, também executou três peças.

O casamento foi celebrado diante de 600 convidados na capela de São Jorge, no castelo de Windsor, a cerca de 40 km de Londres. Após o casamento, Harry e Meghan passam a ser chamados de duque e duquesa de Sussex.

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Horas antes, agentes da estação de trem da cidade distribuíam bandeirinhas da Inglaterra para os que chegavam para acompanhar o evento, do lado de fora do castelo.

Souvenires com a imagem dos noivos eram vendidos por toda parte. Lojas, restaurantes e pubs estampavam fotos da família real e bandeiras dos Estados Unidos e da Inglaterra.

A cerimônia durou menos de duas horas e atraiu milhares de pessoas, neste sábado (19), à pequena cidade inglesa, de cerca de 30 mil habitantes.

Durante a celebração, o clima em Windsor era familiar. Alguns montaram acampamento nos gramados para se proteger do sol, outros aproveitavam com champanhe. Telões transmitiam a cerimônia para o público, que aplaudiu de pé o enlace.

Filas se estendiam em frente a estandes de cachorro-quente e as fontes nos parques do entorno viraram atração para crianças e adultos se refrescarem do calor de 22º C.

“Amei o casamento. Foi multicultural e essa diversidade mostrou o quão longe chegamos”, disse à reportagem a estudante de direito britânica Rachel Power, 46.

Ela acompanhou o evento com seus três cachorros.

“Estou orgulhoso de ser britânico”, disse Kash Atre, 36, enquanto assistia ao casamento com a mulher, a professora Anastasia Atre, 33, e dos filhos gêmeos de apenas três meses.

“Sei que eles não vão lembrar, mas é um momento histórico, então tinha que trazer eles”, disse a Anastasia.

“Foi uma cerimônia bonita de amor e diversidade”, completou ela, que tem dupla nacionalidade, russa e americana.

Cercada de amigas, a inglesa Ellie Wilding, 27, disse que se emocionou com o casamento. “É um dia feliz. Um dia patriótico. É bonito de se ver e não acontece com frequência.”

Cercado pela família e os amigos e sentado numa cadeira de praia nos jardins do castelo, Martin Powell, 53, destacou o momento mais emocionante: “quando Harry levanta o véu e beija a noiva”. Para Aliceon Powell, 51, a emoção da mãe de Meghan chamou a atenção.

“Foi tudo incrível e é tão bom sentir essa atmosfera patriótica. Achei bonito ver a mãe dela tão emocionada e ao mesmo tempo é triste o pai não ter ido ao casamento”, afirmou Aliceon. Segundo a noiva, o pai, Thomas Markle, 73, não compareceu por problemas de saúde.

Os chapéus e casquetes, acessórios protocolares dos convidados, também eram destaque entre a maior parte do público que assistia ao casamento ao redor do castelo.

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