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Categorias: Cidades
| Em 6 anos atrás

Casal denuncia homofobia no Quintal Food Park; empresa se defende

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Em pleno século 21, um casal teve que ouvir “vamos maneirar com essa pegação aí” de um profissional de segurança que estava trabalhando neste domingo (3) no Quintal Food Park, em Goiânia. De acordo com Marcelo Rabelo, de 24 anos, ele e o namorado estavam sentados à mesa com outro casal de amigos conversando e brincando naturalmente.

“Meu namorado estava com o braço no meu ombro e pode ser que a gente tenha trocado um ou dois selinhos, mas até então nada diferente do que os casais heterossexuais fazem”, disse Marcelo ao Diário de Goiás.

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O rapaz comentou que o casal de amigos saiu da mesa para ir ao banheiro, quando um segurança do estabelecimento foi até eles e pediu que eles deixassem de se comportar como um casal comum porque tinha pessoas incomodadas com o fato de dois homens se amarem.

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Não satisfeito, Marcelo perguntou a origem de tanta insatisfação, se foram clientes que reclamaram ou se era oriunda do próprio segurança, o homem não quis estender a conversa e só pediu que ‘parassem porque havia crianças no local’.

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“A gente já tinha comido, então passou dez minutos que isso aconteceu e nós fomos embora. Eu fiquei sem reação, sem saber quem estava incomodado. Nós já fomos ao Quintal outras vezes e isso nunca tinha acontecido”, destacou Marcelo Rabelo.

Outro lado

Ao Diário de Goiás, o sócio-proprietário do Quintal Food Park, Eduardo Andrade, informou que devido à falta de segurança da região, que já teve diversos estabelecimentos assaltados, foi necessário contratar uma empresa terceirizada para fazer a segurança do Quintal, que não tem nenhum vínculo empregatício com os profissionais da segurança.

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Eduardo Andrade negou que esse posicionamento seja do Quintal Food Park e afirmou que o contrato com a empresa será revogado ainda hoje.

“O Quintal é público e vai todo tipo de pessoa. Desde o início do Quintal, que vai fazer dois anos, nós recebemos o público LGBTQ+ e nunca aconteceu isso. Eu e minha sócia não estávamos no Quintal neste fim de semana e ficamos sabendo desse fato agora. A gente não tinha noção do que estava acontecendo. Nós vamos ouvir o funcionário, que é de uma empresa terceirizada, e saber o que aconteceu. Mas nós vamos tomar providências hoje mesmo. A nossa posição não corresponde pela que o funcionário teve”, explicou Eduardo Andrade.  

O Quintal Food Park também divulgou uma nota de esclarecimento repudiando o comportamento homofóbico do funcionário: “Não podemos compactuar ou mesmo defender essas atitudes em um ambiente que foi criado para receber a todos com igualdade e respeito acima de tudo. Portanto, as devidas providências já estão sendo tomadas para que tudo seja esclarecido e situações como essa não voltem a acontecer no Quintal Food Park”. 

Veja nota na íntegra:

 

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