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Casa em vilarejo espanhol onde viveu pai de Fidel deve virar museu

A morte de Fidel Castro aos 90 anos, na semana passada, despertou as memórias do remoto povoado de Láncara, no norte da Espanha.

Os moradores dessa vila lembraram-se da única visita do líder cubano, em 1992, e também de uma casinha hoje em ruínas. Ángel Castro Argiz, pai de Fidel, migrou dali para Cuba em 1905.

Os planos de transformar a construção em uma espécie de museu devem ser agora acelerados. Uma das razões para que a casa não tenha sido até hoje restaurada era a ideia de que Fidel preferia mantê-la como está.

“Ninguém queria tocar na casa”, diz à reportagem Carlos López, 70, membro da associação cultural do povoado.

Para que as ruínas sejam retocadas e transformadas em museu é necessário que a família ceda a propriedade à prefeitura. Os dois parentes mais próximos de Fidel são duas primas. Manuela Argiz, uma delas, tem 103 anos e hoje mora em um asilo ali.

Segundo a imprensa local, Argiz afirmou que lamentava a morte do primo, “mas um dia tinha que acontecer”.

Como parte das homenagens dos últimos dias, cerca de 30 moradores de Láncara deixaram flores diante da casa da família e assinaram um livro de condolências. A vila não decretou luto oficial.

Assim que passado o tempo de luto, a prefeitura deve voltar a discutir com a família os planos do memorial. Raúl Castro, irmão de Fidel, também deve ser informado. O projeto, caso feito, será financiado pelo governo local.

Tanto Fidel quanto Raúl foram nomeados “filhos adotivos” da vila nos anos 1990.

Terra

Ángel Castro nasceu em Láncara em 1875. Ele morreu em Cuba em 1956, aos 80 anos, antes da revolução feita por seu filho em 1959.

Fidel visitou o povoado em 1992, onde foi recebido com o tradicional polvo feito à moda galega. Ele visitou a casa do pai por meia hora, diz Carlos López, e saiu dali “enxugando as lágrimas”.

Segundo relatos daquela visita, Fidel disse que seu pai queria ter voltado ao seu povoado natal. O líder cubano levou de lembrança um saquinho com a terra da vila.

López, por sua vez, visitou Cuba três vezes. A comitiva foi recebida, diz, “como chefes de Estado”. Em uma delas, conta ter jantado com Fidel “durante horas” –o líder cubano era conhecido pelas suas longas aparições.

O morador de Láncara mantém um quarto em sua hospedaria dedicado a Fidel. Ele guarda, também, fotografias antigas do líder cubano.

“Cada um entende a lenda como quer”, diz sobre as variadas opiniões a respeito do líder cubano, criticado pelo cerceamento a liberdades. “Ele foi carinhoso comigo.”

Folhapress

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Thais Dutra

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