A Casa da Moeda, instituição estatal que entrou na lista de privatizações do governo de Michel Temer, reduzirá em 25% o contrato que tem com prestação de serviços médicos aos 2.700 servidores do órgão.
De acordo com reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”, a casa da moeda mantém, ao custo de R$ 8 milhões por ano, uma estrutura com 22 médicos, fisioterapeutas, dentistas, psicólogos, nutricionista, farmacêutico e enfermeiros.
Os profissionais de saúde são terceirizados e atendem aos trabalhadores da Casa da Moeda, responsável pela produção da moeda e impressão das notas de real e passaportes no país.
Procurada pela reportagem, a instituição divulgou que cortará em 25% o contrato a partir de setembro. O contrato foi iniciado na gestão de Dilma Rousseff.
O objetivo era prestar atendimento rápido a profissionais da instituição que se acidentassem no trabalho, já que o parque fabril está distante de hospitais. A Casa da Moeda fica em Santa Cruz, bairro da zona oeste do Rio.
REDUÇÃO DE CUSTOS
Mesmo antes de ser anunciada sua possível venda, a instituição já promovia redução de seus custos. Desde julho de 2016, já teria reduzido em R$ 30 milhões os seus custos.
Somente o serviço de impressão de passaportes teve uma redução de R$ 12 milhões, com renegociação de contratos de aquisição de papel.
Houve ainda redução de R$ 3 milhões na aquisição de papel moeda para a produção de cédulas. Outros R$ 3 milhões também teriam sido economizados na compra da tinta de segurança usadas nas notas de real.
A Casa da Moeda é uma das instituições mais antigas do país, tendo sido inaugurada em 1694. Ela só perde em antiguidade para os Correios, que existem desde 1663.
A empresa estatal teve lucro de R$ 311 milhões em 2015, último dado disponível. A Casa da Moeda tem como cliente o governo brasileiro e só imprime moeda a partir de determinação do Banco Central.
A empresa também tem outros clientes. Em 2016, por exemplo, produziu medalhas para as Olimpíadas do Rio.
O argumento do governo para privatizar a Casa da Moeda é que os gastos não compensariam diante da redução do volume de dinheiro físico circulando na economia, em razão do uso maior dos cartões e do baixo uso de moedas por brasileiros. (Folhapress)