O Nissan Leaf, carro elétrico mais vendido do mundo, chegará ao Brasil. O modelo fará parte de uma nova estratégia da marca para o país, que vai incluir híbridos.
O carro deve ser apresentado no país durante o Salão do Automóvel de São Paulo 2018, com início das vendas previsto para o começo de 2019. A confirmação foi feita no Salão de Tóquio, aberto ao público até 5 de novembro, por José Luis Valls, presidente da Nissan América Latina.
“O Brasil é o principal mercado na região, tem que ser um dos primeiros a receber o modelo. Teremos também outras opções que completarão a estratégia”, disse Valls.
O Leaf está em sua segunda geração -algumas unidades da anterior circulam pelas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, mas sempre como táxis ou carros de polícia cedidos pela Nissan em um período de testes.
O modelo atual é vendido em três versões e pode trazer baterias com autonomia de até 320 quilômetros. O motor elétrico gera o equivalente a 150 cv de potência.
De acordo com o presidente da Nissan América Latina, ainda é cedo para definir o preço do Leaf no Brasil. Seu bom desempenho global de vendas se deve aos valores praticados mundo afora -que partem do equivalente a R$ 95 mil com incentivos fiscais nos EUA-, mas não se espera nada abaixo de R$ 120 mil no mercado nacional.
O desenho está alinhado aos demais carros da Nissan, sem ser tão futurista quanto o Leaf anterior. As dimensões são similares às de uma perua de porte médio, embora o desenho remeta a um hatch.
As rodas são grandes, de 17 polegadas e com pneus mais largos do que o comumente visto em elétricos.
Há bom espaço no banco traseiro, onde os ocupantes viajam com os joelhos em posição alta, similar ao que ocorre em picapes médias. Isso ocorre por causa da posição das baterias, que ficam instaladas sob o assoalho.
Tanto os assentos dianteiros como os traseiros podem ser equipados com sistema de aquecimento. Contudo, o uso desse recurso deve diminuir significativamente a autonomia do modelo.
O espelho retrovisor interno parece ter o dobro do tamanho normal, em contraste com o volante pequeno, idêntico ao do SUV compacto Nissan Kicks.
Colocada no centro do painel, a central multimídia do Leaf traz o trivial nos dias de hoje: tela sensível ao toque, sistema de navegação por GPS, áudio com Bluetooth e recepção de sinal de TV digital, que só funciona quando o carro está parado.
Já o quadro principal de instrumentos não é 100% digital: o velocímetro mantém o tradicional ponteiro, dando um ar de anos 1990 a um carro modernoso.
Outro detalhe que remete a um passado não tão distante é o tocador de CDs, item que vem sendo abandonado em projetos recentes de sonorização automotiva.
As forrações são claras nas versões mais caras, com couro e partes que imitam camurça. Os modelos mais em conta contam com acabamento em tecido preto.
A parte da frente acomoda o motor e os tantos cabos por onde corre a energia. Há também as tubulações do sistema de ar-condicionado.
Com 435 litros, o porta-malas é curto e profundo -bagagens grandes precisam ser empilhadas.
O teto pode ser pintado de uma cor diferente do resto da carroceria, da mesma forma que o modelo Kicks.
O câmbio é um seletor redondo, mas não há muito para o motorista escolher: para frente e para trás. Carros elétricos como o Leaf não têm escalonamento de marchas, e a força é jogada para as rodas de forma imediata.
Um botão aciona o sistema e-Pedal, que passa a frear o carro assim que o motorista tira o pé do acelerador.
O recurso ajuda a recuperar parte da energia despendida nas frenagens, poupando a carga das baterias. (Com informações da FolhaPress)
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