Primeiro foi o feijão. A batata não ficou atrás. Os dois alimentos estão com preços nas alturas. Outros mantimentos básicos também devem ter preços reajustados. Desta vez, por conta das altas nos preços da soja e principalmente do milho. A consequência é uma influência direta no mercado de proteína animal, provocando elevações nos custos de produção das carnes bovina, suína e de aves e até do leite.
Segundo a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás(Faeg), o preço do milho subiu 100% nos últimos meses, comparando ao mesmo período do ano passado. Até agosto ocorre a colheita da safrinha do grão, porém boa parte da colheita está indo embora para o exterior, provocando desabastecimento no mercado interno.
Desta forma, a previsão é que ocorram aumentos no preço das carnes, já que grande parte dos alimentos dados aos animais é à base de milho.
Segundo a empresa de consultoria GFK, no Brasil em média ocorreram altas expressivas no ano até maio de outros produtos básicos como: farinha de mandioca (34,5%), leite longa vida (19,3%), açúcar (18,2%), ovo (7,7%), óleo soja (7,6%) e até carne de segunda (3,12%).
Inflação
O impacto da alta dos itens básicos deve ter reflexos na inflação deste mês. Para junho, a projeção é para uma inflação de 0,35%, em boa parte por causa da elevação dos preços do grupo alimentos e bebidas, que, ao lado do grupo habitação, deve puxar o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para cima. Em maio o IPCA ficou em 0,78%.
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