Em entrevista ao O Globo, Karina Kufa apontou "desequílibrio contratual"; entenda. (Foto: reprodução)
Depois de recolher mais de 100 assinaturas para o impeachment do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que lidera o movimento para protocolar o documento, adiou a petição. Segundo a parlamentar, adiamento foi para tentar angariar ainda mais assinaturas, já que o documento seria enviado à Câmara nesta terça-feira (20).
“O pedido já conta com 122 assinaturas, inclusive da base governista […] Esse pedido não é ideológico, é um crime de responsabilidade que aconteceu de fato. O Brasil, infelizmente, está de portas abertas para o terrorismo”, disse Zambelli em coletiva de imprensa na Câmara dos Deputados.
A deputada se refere às declarações do presidente Lula, durante agenda na Etiópia, em que comparou a atuação de Israel na guerra em Gaza ao holocausto nazista. Zambelli ainda afirmou que irá conversar com a Bancada Evangélica e Católica sobre o assunto.
Enquanto isso, do lado dos que assinaram, a fala de Lula se enquadraria em crime de responsabilidade contra a existência política da União por “cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”. De outro lado, especialistas acreditam que o pedido não tem base jurídica. Além disso, um impeachment em si é analisado pelo Senado e é preciso ter o apoio de ao menos 54 senadores para que aconteça.
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