Faltando uma semana para o fim do prazo das convenções partidárias, a situação do PMDB ainda segue indefinida. De acordo com o vice-prefeito da capital, Agenor Mariano, a candidatura de Iris Rezende ainda é um sonho, mas por conta da posição dele manifestada publicamente de que se aposentaria da vida pública, a saída buscada é de acertar num perfil que venha agradar o eleitor.
Agenor Mariano não descarta totalmente a possibilidade de Iris ser candidato. Ele destaca que o ex-prefeito de Goiânia tem recebido pessoas de diferentes classes sociais no escritório e que isto ajuda a criar uma comoção.
“O sonho do partido é ter Iris como candidato. O que ocorre agora é que além de uma insistência do partido para que ele seja candidato. Todo dia ele recebe empresários, garis, profissionais liberais, perguntando se não tinha a possibilidade dele voltar. Isso acaba por gera uma comoção e começa a nutrir em alguns peemedebistas uma expectativa de retorno dele. Até o presente momento, o Iris tem se colocado que realmente teria se aposentado e o partido trabalha hoje para obtenção de um novo nome, caso houvesse uma desistência do Iris dessa posição, imediatamente se consagraria como candidato do partido, mas temos trabalhado em outras opções, tendo em vista a fala dele”, afirmou.
Sem Iris, Agenor Marino analisa que o partido tenta alternativas. Para ele o anúncio de uma decisão deve ocorrer somente no final do período das convenções, ou seja, na sexta-feira da próxima semana.
“Entendemos que seja conveniente que escolhamos o nosso candidato o mais próximo possível do dia 5 de agosto, pois sabemos da nossa importância no cenário político. Sabemos que outros partidos estão de alguma forma analisando cada movimentação política que nós fazemos. Nós não temos a intenção de facilitar a vida dos nossos adversários, entregando para eles de imediato aquilo que nós pretendemos fazer, ou aquilo que pensamos fazer”, analisou.
Agenor Mariano entende que a mudança das regras eleitorais e o desânimo do eleitor são fatores que os partidos políticos estão analisando neste momento e que pesam na escolha dos nomes.
Quanto aos pré-candidatos citados em recente pesquisa eleitoral divulgada pelo instituto Serpes, são citados os nomes do próprio Agenor Mariano e dos deputados Bruno Peixoto e José Nelto. O vice-prefeito argumentou que não há uma disputa entre os três.
“Nenhum nome se colocou como pré-candidato, surgiram naturalmente no partido, por terem mandatos, isso dá uma liberdade grande para o partido escolher, não haverá qualquer tipo de problema entre nomes, pois não há disputa. Há uma consciência de que é preciso escolher um perfil certo para a cidade”, disse.
Quanto a sugestão apresenta pelo prefeito de Aparecida, Maguito Vilela e o filho dele, deputado federal, Daniel Vilela, de que o PMDB deveria apoiar Vanderlan Cardoso (PSB), o vice-prefeito entende que o melhor caminho para o partido é ter candidatura própria.
“O partido é muito grande, tem muitas lideranças. Cada liderança tem o direito de expressar o seu sentimento, tudo deve ser analisado. Eu do ponto de vista pessoal, tenho sido favorável a tese de que o PMDB precisa lançar candidato, é um partido grande e com tradição na cidade de Goiânia”, avaliou.
Para o vice-prefeito, ao não lançar candidato o PMDB corre o risco de apoiar um nome que possa não ser bem avaliado pela população, como o atual prefeito, Paulo Garcia (PT). “Em 2012, o PMDB deixou de lançar candidato e me indicou para a vice prefeito para chapa com o PT e foi um desastre. O partido ainda carrega sobre si alguns ônus por ter participado desta chapa, uma administração ruim, que tem desaprovação na cidade, pelo menos é o que mostra as pesquisas de avaliação”, destacou.