Em eleição realizada nesta sexta-feira (9), no Rio, Miguel Cagnoni, 70, foi eleito presidente da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), com mandato até junho de 2021.
Ele recebeu 64 votos, contra 26 de Cyro Delgado e dois de Jefferson Borges.
Cagnoni foi presidente da Federação Aquática Paulista por 23 anos e era o único candidato de oposição no pleito.
Seus rivais são ligados a Coaracy Nunes Filho, mandatário da CBDA por 28 anos e afastado do cargo por indícios de desvio de verba pública -ele está preso na penitenciária de Bangu 8, no Rio, desde abril.
O desafio do presidente eleito é equilibrar uma entidade em frangalhos financeiros. Alguns dos 50 funcionários estão com salários atrasados.
Há também um problema diplomático, já que a Fina (Federação Internacional de Natação) diz não reconhecer a legitimidade da eleição pelo fato de a CBDA estar sob intervenção judicial desde março.
O estatuto da entidade não permite influência de órgãos governamentais em suas filiadas. Há risco de o Brasil ser suspenso de competições.