Atual campeão russo, o Spartak Moscou se envolveu em polêmica neste sábado (13) em suas redes sociais e teve de apagar uma postagem no Twitter após forte reação do público.
Na postagem, é exibido um vídeos dos brasileiros Fernando, Luis Adriano e Pedro Rocha fazendo exercícios sob um forte sol na intertemporada do clube nos Emirados Árabes Unidos com a seguinte frase em russo: “Vejam como chocolate derrete no sol”.
No vídeo, a pessoa responsável pela filmagem ainda fala disso com os três brasileiros, que são negros, e recebe um sinal de positivo de Luiz Adriano.
Após a publicação, mais de 300 mensagens foram enviadas ao perfil do clube russo reclamando de racismo. Alguns usuários pediram punição da Fifa e da Uefa.
Outros falaram que esta era a imagem passada pelo país que vai receber a próxima Copa do Mundo.
Diante da repercussão negativa em todo o planeta, o Spartak apagou a postagem e publicou um vídeo de Fernando negando haver racismo no clube. Ele fala em russo.
“No Spartak não há racismo. Somos uma família unida”, disse o volante que já defendeu a seleção brasileira.
Depois, o clube publicou uma foto dos jogadores brasileiros com um companheiro russo reforçando que o Spartak é uma família.
No ano passado, durante a final da Supercopa da Rússia, contra o Lokomotiv Moscou, torcedores do Spartak proferiram cantos racistas contra o goleiro brasileiro Guilherme Marinato, que é naturalizado russo e defende a equipe rival e a seleção local.
“Banana, banana mama. Para que diabos a seleção russa precisa de um macaco?”.
O racismo é uma preocupação das autoridades russas e da Fifa para a Copa do Mundo, que começa em 14 de junho. Para combater o problema, a federação russa nomeou o ex-jogador Alexei Smertin como um supervisor para reportar problemas e punir os infratores.
No ano passado, em um desfile ocorrido em Sochi antes da Copa das Confederações, camaroneses foram retratados por russo com o rosto pintado de preto. Um deles tinha um cacho de banana no pescoço.
A Fifa já informou que na Copa do Mundo árbitros terão o poder de paralisar as partidas caso haja algum problema de racismo.