A campanha eleitoral britânica foi suspensa neste domingo (4), um dia após um atentado terrorista deixar sete mortos em Londres.
A ação feriu também ao menos 48 pessoas. Três suspeitos de envolvimento no ataque foram mortos em um confronto com a polícia.
A interrupção afeta a campanha nacional, mas não as iniciativas locais, como a distribuição de panfletos.
Apesar de não ser o principal tema das eleições deste ano -dominadas pela economia, pelo “brexit” e pelos serviços sociais- a segurança estará inevitavelmente no debate público do restante da semana. O pleito será celebrado na quinta-feira (8).
Os comícios já haviam sido recentemente suspensos quando um homem-bomba matou 22 pessoas durante um show da cantora americana Ariana Grande em Manchester, em 22 de maio.
Em março, um homem atropelou quatro pessoas e esfaqueou um policial nas imediações do Parlamento.
Horas depois do ataque de sábado, o governo declarou que a ação foi de caráter terrorista e, na sequência, a primeira-ministra conservadora, Theresa May, convocou uma reunião da cúpula de segurança.
O prefeito de Londres, o trabalhista Sadiq Khan, tomará parte no encontro. Ele afirmou, durante a manhã, que as eleições não vão ser adiadas devido ao ataque.
May é a favorita ao pleito, mas o apoio a seu partido tem minguado nas últimas semanas, indicando que pode perder assentos. Quando convocou o voto, em abril passado, a perspectiva era de ampliar a maioria parlamentar e ter uma margem mais ampla para negociar o “brexit”, nome dado à saída do Reino Unido da União Europeia.
DETALHES
A ação de sábado ocorreu por volta das 22h locais (às 18h em Brasília) quando uma van branca atropelou pedestres na ponte de Londres, que passa sobre o rio Tâmisa. Houve um esfaqueamento na sequência no mercado de Borough, nas imediações.
Testemunhas afirmam ter ouvido os agressores gritarem o nome de Deus em árabe, Allah -o que ainda não prova nenhum vínculo em específico dos agressores.
Vauxhall, a poucos quilômetros da ponte, mas as autoridades acreditam que não há relação entre os incidentes.
A polícia acredita que não há outros suspeitos além dos três agressores mortos. Ao menos um deles vestia um colete com explosivos falsos.
Nenhuma organização terrorista reivindicou o ataque. O atentado em Manchester havia sido clamado pela facção radical Estado Islâmico.
Houve também um esfaqueamento no bairro de Vauxhall, a poucos quilômetros da ponte, mas as autoridades acreditam que não há relação entre os incidentes.
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