E os discursos levam ao fato: candidato, ou não, Iris Rezende (PMDB) é hoje o maior adversário político do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).
A conclusão é dos próprios tucanos, que não tiram de seus argumentos a referência administrativa do ex-governador. Uma competição clara e direta contra o inimigo eleito.
“Mesmo nas áreas em que os outros governos achavam que eram mais fortes, não são mais. Ninguém fez tanto pela infraestrutura quanto nós fizemos”, disse Marconi durante a inauguração do Vapt Vupt para idosos e pessoas com deficiência.
Um tom absolutamente eleitoral que não poderia ter outro alvo. Uma carapuça com tamanho único. Não serviria para Vanderlan Cardoso (PSB), Júnior do Friboi (PMDB) ou Ronaldo Caidado (DEM).
A oposição, para Marconi Perillo, é singular. Ela tem nome e sobrenome.
E para que não restem dúvidas, o presidente da Agetop/Agecom, Jayme Rincón, em entrevista ao jornal Tribuna do Planalto há pouco mais de um mês (leia aqui) dá nome aos bois. “O governo atual fez muito mais por Goiás que o próprio Iris Rezende.”
Para o jornal Realidade, na rádio Vinha FM, o secretário foi além. Ele desvalorizou Friboi e disse que oposição coerente só pode ser a do ex-governador.
“Uma pessoa que troca de partido quatro vezes em um ano, não pode ser levada em consideração. Querer o governo a qualquer custo, não o levará a lugar nenhum. Temos que respeitar a oposição, mas a oposição de verdade. Coerente. Como Iris Rezende, que representa o seu partido desde o início demonstrando convicção”, declarou Rincón.
Oficialmente, os inimigos são outros. Internamente, a batalha é certa. Direta, ou indiretamente, a disputa se repete. Os fatores, porém, já não são os mesmos. Assim como é nova a antecipação deste processo, que evidencia um medo já não tão latente do próprio governador.
Para 2014, Marconi não quer apenas a reeleição, mas o título do ‘fazedor de obras’. Quer o trono e as honras de toda a guerra.