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Campanha agosto verde-claro reforça a importância da conscientização sobre linfomas

O Agosto verde-claro é uma campanha de conscientização idealizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para expor riscos, sintomas e tratamentos da doença, que muitas vezes é silenciosa e ocupa o oitavo lugar entre os tipos de câncer mais comuns no País. O linfoma, nome do câncer no sistema linfático, atinge órgãos de defesa, como timo, medula óssea, baço, amígdalas, apêndice e placas de Peyer.

“O sistema linfático, essencial para a defesa imunológica do organismo, é composto por linfonodos, vasos linfáticos e órgãos como o baço, amígdalas e timo. Ele desempenha um papel vital na drenagem de líquidos, na absorção de gorduras e na proteção contra infecções e doenças. Qualquer anomalia nesse sistema pode ter graves consequências para a saúde”, explica o médico oncologista, Gabriel Felipe Santiago.

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Esse alerta, portanto, serve como um importante lembrete para a população sobre a seriedade dos linfomas, que se dividem em dois principais tipos: linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin. “O linfoma não-Hodgkin é o mais comum, com mais de 60 subtipos, e pode afetar tanto adultos quanto crianças. Já o linfoma de Hodgkin, embora menos frequente, também pode ocorrer em qualquer faixa etária e é identificado pela presença de células de Reed-Sternberg em uma biópsia”, esclarece o médico.

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Os sintomas variam conforme o tipo e a localização, mas alguns sinais de alerta incluem o aumento indolor dos linfonodos, febre persistente sem causa aparente, perda de peso inexplicada, suores noturnos intensos, fadiga extrema, sensação de saciedade, aumento do volume abdominal, náuseas, vômitos e coceira na pele.

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Prevenção e diagnóstico

Embora a prevenção garantida contra os linfomas seja difícil, o médico oncologista indica que algumas práticas favoráveis à saúde podem reduzir o risco, incluindo a melhora da alimentação, evitando o abuso de comidas rápidas, ultraprocessadas e feitas em conserva, manter um estilo de vida saudável, como a prática regular de exercícios físicos, evitar a exposição a agentes cancerígenos, como certos produtos químicos e radiação, e abstinência do tabagismo, são medidas eficazes. Além disso, pessoas com histórico familiar de linfoma ou condições que aumentam o risco devem monitorar regularmente sua saúde.

O oncologista clínico, Gabriel Felipe Santiago, reforça a importância do diagnóstico precoce. “Diagnosticar um câncer no estágio inicial aumenta significativamente as chances de cura. Em casos avançados, quando a doença já se disseminou para outros órgãos, o tratamento visa apenas prolongar e melhorar a qualidade de vida do paciente”, explica. Ele também destaca a relevância de campanhas como o Agosto Verde para promover o diagnóstico precoce. “Essas campanhas são fundamentais para que possamos identificar a doença em fases iniciais, o que aumenta muito a chance de cura”, conclui.

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O tratamento dos linfomas varia de acordo com o tipo, estágio e condições gerais de saúde do paciente, podendo incluir quimioterapia, radioterapia, imunoterapia, terapia-alvo, transplante de células-tronco e cuidados de suporte. A combinação de diferentes métodos é frequentemente necessária, e é essencial que os pacientes busquem orientação médica ao identificar sintomas sugestivos.

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Elysia Cardoso: Jornalista formada pela Uni Araguaia em 2019