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Categorias: Brasil
| Em 6 anos atrás

Camargo Corrêa Infra anuncia mudança no seu comando

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A empresa Camargo Corrêa Infra anuncia mudança no seu comando nesta sexta-feira (20).

Décio Amaral deixa presidência e vai para o Comitê de Estratégia e Desenvolvimento Sustentável da mesma Camargo Corrêa Infra.

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No seu lugar assume Januário Dolores, diretor-executivo de operações que foi levado para a empresa por Amaral. Eles iniciam uma transição de comando que vai se estender até 1º de setembro.

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Em abril, o então presidente da companhia, Décio Amaral, disse à Folha de S.Paulo que a Camargo Corrêa foi corajosa ao ser a primeira empresa envolvida na Lava Jato a fazer leniência.

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Amaral afirmou que se alguém pedir propina será denunciado. “Somos radioativos, não peça propina”, disse ele, na sede da nova companhia, em São Paulo.

O executivo afirmou ainda que o Brasil não precisa de novas leis para acabar com a corrupção -bastaria acabar com o corruptor. E ainda fez uma convocação: “Convido toda a liderança empresarial do Brasil a fazer como a gente. Aqui não tem corruptor. Se todo mundo do setor privado agir como a gente não precisa de lei nenhuma.”

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Cronologia do caso Camargo Corrêa

– Mandados de prisão, nov.2014

Polícia Federal cumpre mandados de prisão, busca e apreensão em construtoras, entre elas, a Camargo Corrêa, por suspeita de cartel. Executivos do grupo são presos: João Auler, ex-presidente do conselho de administração, Dalton Avancini, então presidente e seu vice Eduardo Leite

– Delação premiada, fev.2015

Executivos fecham acordo de delação e, no mês seguinte, deixam a prisão. Auler, que não fechou acordo, foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão

– Executivos condenados, jul.2015

Justiça condena os três ex-executivos. São as primeiras condenações de dirigentes das empreiteiras da Lava Jato

– Leniência, ago.2015

Empresa fecha acordo de leniência e acerta devolução de R$ 700 milhões a Petrobras, Eletronuclear e Eletrobras

– Venda da Alpargatas, nov.2015

Grupo vende Alpargatas, fabricante da Havaianas, por R$ 2,7 bi, à J&F

– Venda da CPFL, jul.2016

Camargo fecha venda de participação da CPFL Energia à chinesa State Grid

– Divisão, out.2017

Construtora se divide em duas: a primeira, CCCC, fica com as obras já em andamento e com os problemas ligados à Lava Jato; a segunda, a Camargo Corrêa Infra, tocará os novos projetos

– Próximos passos

Grupo ainda negocia a segunda parte de seu acordo de leniência, com a CGU e com o TCU, que pedem pagamentos bastante maiores que aquele fechado com a procuradoria (Folhapress)

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