Plenário da Câmara de Goiânia. (Foto: Divulgação/Câmara)
A Câmara Municipal de Goiânia deve votar na próxima terça-feira (23) o projeto que autoriza o remanejamento de R$ 51 milhões do orçamento do Paço para a compra de vacinas por parte da prefeitura.
Segundo o presidente da Casa, Romário Policarpo, a autorização deve ser concedida. “É um desejo da cidade, da Câmara. Não vejo polêmica em relação a isso”, disse à Rádio Bandeirantes Goiânia. O pedido chegou ao Parlamento nesta quinta-feira (18).
Além dos R$ 51 milhões, a Câmara repassou à prefeitura R$ 5 milhões economizados pela Casa do duodécimo constitucional para a compra de imunizantes. “É um acordo de cavalheiros. Antecipamos a devolução à prefeitura com intenção de comprar vacina e o prefeito fechou esse compromisso”, explicou.
De acordo com Policarpo, a prefeitura assinou duas intenções de compra, uma da vacina Sputnik V e outra de Oxford/AstraZeneca. O imunizante da companhia anglo-sueca, segundo o vereador, está com acordo mais adiantado. Porém, ainda é preciso que a empresa tenha autorização para vender para municípios.
Em fevereiro, a Assembleia Legislativa de Goiás autorizou crédito para o governo estadual comprar vacinas anti-covid. Porém, segundo o governador Ronaldo Caiado, elas integrariam o Plano Nacional de Imunizações. Caso Goiânia adquira imunizantes, terá de manter sua parte, de acordo com Policarpo.
“Existe um entendimento da Procuradoria (Geral do Município) que parte dessas vacinas deve ir para o PNI, mas outra parte fica em Goiânia. Ainda não se sabe ao certo qual a quantidade que vai ficar em Goiânia. Por isso a prefeitura deve entrar com um mandado de segurança para reservar as doses para a população daqui”, afirmou.
Mesmo que as empresas demorem para entregar as doses encomendadas, o parlamentar defende a operação. “Goiânia tem que sair na frente. Se temos oportunidade de comprar agora, temos que fazê-lo, pois com certeza vamos utilizá-la em algum momento”.