A Mesa Diretora da Câmara decidiu nesta quarta-feira (24) manter o pagamento do salário e a assistência-saúde do deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).
Com isso, além do salário de R$ 33.763, Rocha Loures poderá continuar acessando o departamento médico da Câmara, terá direito a manter o plano de saúde dos servidores do Legislativo e a ressarcimento de consultas, exames e cirurgias.
Na semana passada, o comando da Câmara decidiu suspender o chamado “cotão”, a verba de gabinete e o auxílio-moradia do deputado.
Rocha Loures aparece citado pelo presidente Michel Temer como seu homem de confiança e com quem Joesley Batista, da JBS, poderia tratar “tudo”.
Ele também foi flagrado recebendo uma mala em que, segundo delações da JBS, havia R$ 500 mil em propina. Ele devolveu a mala com R$ 35 mil a menos.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, o presidente tentou se distanciar do deputado e disse que ele “certamente foi seduzido por ofertas mirabolantes e irreais”. O deputado foi assessor pessoal de Temer desde que o peemedebista assumiu o Planalto -já trabalhava com ele na Vice-Presidência. O PMDB seguiu Temer e também passou a rifar Loures.
Na segunda-feira (22), a PGR (Procuradoria Geral da República) recorreu da decisão do ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), que indeferiu a prisão preventiva de Rocha Loures.
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