O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), conversou nesta segunda-feira (27), com o reitor do Santuário Basílica, Padre Robson de Oliveira e com o Padre Welington Silva sobre a realização da Festa em Louvor ao Divino Pai Eterno 2020. Em live, o governador destacou que não é recomendável que a romaria ocorra este ano, por conta do risco de proliferação do coronavírus.
Caiado destacou que foi informado pelos padres que cerca de 3,2 milhões de pessoas passam por Trindade nos dez dias de romaria. O governador citou que o momento é importante para explicar as pessoas, a fim de que já se preparem. A tendência é que a festa não seja realizada neste ano.
“Não podemos ter um fluxo de milhões de pessoas. Precisamos discutir e começar a preparar as pessoas”, disse o governador. Em 180 anos, festa nunca deixou de ocorrer.
Ronaldo Caiado citou que além da aglomeração de pessoas, há uma grande quantidade de idosos que participam da romaria. Ele citou que um agravante é o fato de a festa ser realizada no inverno, período mais favorável ao surgimento de síndromes respiratória aguda.
O govenador argumentou que também é romeiro. Ele citou além da romaria de Trindade, a de Muquém e a de Guarinos. Ronaldo Caiado argumentou que o recomendável este ano é abrir mão. Ele não vê chances de que as atividades religiosas ocorram.
“Eu peço a vocês que comecem avaliar quanto a propagação. Isso é muito perigoso. Sou romeiro, sempre estou presente, será preciso abrir mão”, disse.
Carta
Outra importante reunião que o governador teve foi com representantes dos poderes Judiciário, Legislativo, Ministério Público, Defensoria Pública e Tribunais de Contas. Caiado destacou que será feita uma carta.
O instrumento será direcionado a prefeitos, cobrando deles maior rigidez no controle do coronavírus, redobrando os cuidados da flexibilização.
“Eu estava reunido por videoconferência com representante dos poderes. Nós conversamos por mais de hora e exigindo uma ação concreta e eficiente dos gestores municipais. Carta essa que vamos assinar em comum acordo entre os poderes. As pessoas não podem “lavar as mãos”, fazer de conta que o problema não acontece” argumentou.