Política

Caiado está aberto a apoiar Moro, que quer distância do Centrão, diz deputado

O governador Ronaldo Caiado está aberto a apoiar uma eventual candidatura do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, à presidência da República. O deputado federal por Goiás, José Nelto (Podemos), diz que conversou com Caiado e que há o entendimento de que o democrata não terá apoio de Jair Bolsonaro em 2022.

“Já conversei com o governador Ronaldo Caiado. Ele sabe que não tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro, que busca em Goiás uma candidatura alternativa. Ele sabe que hoje é uma candidatura (a de Moro) que pode ajudá-lo em Goiás, na própria campanha, e ser mais uma opção da democracia. Ele sabe que é preciso haver uma união”, disse ao DG.

Sergio Moro encerrou o contrato com a consultoria Alvarez & Marsal e se filiará ao Podemos no próximo dia 10 de novembro. O partido constrói um projeto para lançá-lo à presidência. A estratégia, segundo Nelto, está bem delineada. “Primeiro temos que tirar Bolsonaro do segundo turno. Depois, no segundo turno, teríamos Lula e Moro”, avalia.

Moro quer distância do Centrão

José Nelto diz que uma das exigências de Sergio Moro é manter-se distante do grupo político conhecido como Centrão. O deputado aponta que os parlamentares desse grupo são hoje o sustentáculo do governo federal.

“Parte do Centrão tem compromisso com o Brasil, mas vejo dificuldades, até porque esse grupo faz parte do governo Jair Bolsonaro. Ele hoje é uma parte da mente pensante desse governo”, explica o parlamentar.

Entre os nomes citados por José Nelto como possíveis aliados de Sergio Moro estão João Doria e Eduardo Leite, ambos do PSDB, Luiz Henrique Mandetta e até mesmo Ciro Gomes. Todos são cotados como presidenciáveis.

Terceira via

O debate político no Brasil tenta ainda encontrar uma terceira via que seja capaz de oferecer aos eleitores alternativas a Lula e Bolsonaro, ambos com alta rejeição, apesar de manterem também grande fidelidade entre apoiadores.

Para que Moro seja essa alternativa, José Nelto diz que há um processo a ser cumprido. “A terceira via se constrói pelo nome (do candidato), pelo discurso e pelo programa de governo. Essa conversa eu tive com o ex-ministro. Primeiro, temos que garantir um novo governo que tire o Brasil do nós contra eles, que começou com Lula e Dilma. Colocar o Brasil da turma que quer fazer o país produzir e não esse Brasil de fake news”, destaca.

Assista à entrevista na íntegra

Rafael Tomazeti

Jornalista

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