Em entrevista ao Jornal Bandeirantes, da Rádio Bandeirantes Goiânia, nesta terça-feira (16), o governador Ronaldo Caiado realizou um balanço do seu governo e afirmou que pretende “quitar imediatamente a folha de pagamento de dezembro” com o possível empréstimo do governo Federal.
O governador garantiu estar com a “consciência tranquila de ter cumprido exatamente aquilo que se espera de um governante, no sentido de poder implantar transparência no governo, e gestões competentes em todas as secretarias”.
Em contrapartida, Ronaldo Caiado reconhece que a herança do governo anterior é algo que ninguém poderia imaginar. “A herança que foi passada ao governo é algo que nenhum cidadão goiano imaginava que pudesse ter chegado a esse grau de vandalismo com as contas públicas, a esse grau de corrupção em cada um dos órgãos do Estado”, destacou.
De todas as preocupações, o não pagamento da folha de dezembro tem sido a maior de todas segundo o governador, e que tem sido também o seu maior esforço. “Sabendo que já paguei uma parcela agora no mês de março, quitarei as próximas e tão logo eu avance para ter o Estado de Goiás, que está interditado junto ao Tesouro Nacional e ao Ministério da Economia, para fazer qualquer empréstimo, eu quero quitar imediatamente a folha de pagamento”, explica.
De acordo com Caiado, com a renegociação do chamado Plano de Recuperação Fiscal, desde que o Estado esteja dentro das regras será possível ter o aval do governo Federal para um empréstimo.
“Objetivamente no sentido de poder quitar aquilo que é obrigação de todo governante, e que não foi feito pelo governo anterior que é pagar o salário. Isto é obrigatório e fundamental , e quero agradecer aqueles que realmente entenderam, todos estão vendo a maneira como tenho governado. O que entra hoje, eu quito na área de saúde em medicamentos, em salários, dar condições para que a minha secretária de Educação avance na reestruturação da educação no Estado, ou seja, aquilo que já está vinculado”, ressalta.
O governador ainda salienta que os 246 prefeitos estavam à 13 meses sem o repasse da parcela da saúde e os 10 últimos meses sem o repasse do transporte escolar. “Desde que eu entrei, todo mês eu repasso a verba do transporte e da saúde. Eu estou fazendo nada mais do que aquilo que a Constituição determina”.
Deterioração das estradas
De acordo com Caiado, os governos anteriores não repassavam as devidas verbas, dessa forma todas as dívidas ficaram para o Estado no ano de 2018 e com isso vários serviços se deterioraram. “A manutenção das rodovias, desde agosto não se pagou mais nenhuma, deixaram todas as rodovias de Goiás sem as equipes de manutenção, chegando a esse quadro de deterioração completa de 5 mil quilômetros de estradas em Goiás. Foi um colapso generalizado, algo assim que não se pode imaginar que Goiás, um Estado rico como é pudesse chegar nessa situação de calamidade financeira”, completa.
{nomultithumb}
Leia Mais
100 dias de Governo: Caiado apresenta balanço e discute projetos com deputados
Educação divulga Processo Seletivo Simplificado para substituição de profissionais
Caiado concede entrevista de balanço nesta terça