O governador reeleito em Goiás, Ronaldo Caiado (UB) disse, em entrevista ao Jornal Folha de S. Paulo que, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença o segundo turno das eleições, não lhe dará nenhuma intranquilidade.
“Nós convivemos na Câmara e no Senado a vida toda. Essas coisas [divergências], na democracia, não significam que você não vá conversar, que seja inimigo. Essas coisas não me dão nenhuma intranquilidade. Claro que vou trabalhar para que Bolsonaro seja o presidente”, afirma Caiado.
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Para o governador, se o petista ganhar tem que respeitar a liturgia do cargo público. “Se ele for o presidente, eu chegarei lá como governador do estado de Goiás. Da mesma maneira, ele vai me tratar como sendo presidente da República. Eu respeito a liturgia, mas consciente das minhas prerrogativas, dos meus direitos e do que devo levar para o povo de Goiás”, destaca.
Ainda durante a entrevista, Caiado comentou sobre o embate com Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19. Segundo ele não se deve colocar na balança apenas a pandemia. Ele afirma que esse assunto já foi superado e declarou apoio ao presidente.
“Você tem que analisar o todo. Você, por exemplo, coloca o problema da
pandemia, um ponto de divergência. Vamos botar outros pontos. Eu fui o único
governador no Brasil que conseguiu fazer a renegociação da dívida e entrar no
regime de recuperação fiscal”, diz em entrevista à Folha de S. Paulo.
Para Caiado Se a eleição fosse restrita ao eleitorado goiano, Bolsonaro, também teria sido reeleito no primeiro turno, assim como ele foi. “Pela votação expressiva que ele teve no estado de Goiás, declarei apoio a ele”, afirma.
Sobre o resultado das eleições, Caiado diz que o atual cenário não deverá mudar ao final do segundo turno. “Eu avalio que o presidente da República será reeleito como ele foi reeleito, eu acredito que a mesma tese será mantida no dia 30”, destacou.