Uma das alternativas para manutenção e conservação das rodovias estaduais goianas pode ser repassa-las para a iniciativa privada com a cobrança de pedágios. O governador Ronaldo Caiado confirmou a informação em entrevista na noite da última terça-feira (16/04) ao programa Roda de Entrevista, da TV Brasil Central. Questionado se essa opção era viável, Caiado foi contundente em sua resposta: “Lógico”.
O estado catastrófico das rodovias goianas tem dado dor de cabeça ao cidadão que as utiliza. Imagine um motorista de transporte de cargas com as chuvas intensificando os estragos das rodovias. Caiado reconhece que a situação é precária. E explica a realidade: “O governo [anterior] deixou de pagar todas as empresas que faziam a manutenção das rodovias desde agosto e então elas saíram. Em 90 dias, uma rodovia acaba do dia para noite.”, menciona. Para o governador, se o assunto fosse levado com mais seriedade as rodovias durariam “5 anos em média, no mínimo”.
No entanto, segundo Caiado, o que se via era a Agetop (renomeada na nova gestão como Goinfra) servindo como uma máquina de produção de dinheiro para “campanha [eleitoral] e enriquecimento ilícito”. O governador menciona o modus-operandi de como a Agência de Infra-estrutura funcionava: “Faziam uma rodovia, daqui dois anos tem uma Operação Tapa-Buraco, depois faziam outra pavimentação. Era como faziam girar o dinheiro”, explica Caiado.
Para resolver a situação ao menos paliativamente, Caiado afirma que estabeleceu convênios com 70 prefeituras que estão auxiliando o Governo nas operações de Tapa-Buraco. “Também recorremos ao Governo Federal para nos dar uma linha de crédito específica junto a Petrobras para termos uma massa asfáltica e avançar nisso.” Uma terceira ação foi conseguir recolocar todas as empresas que faziam a conservação de volta aos trabalhos nas rodovias de Goiás. Pode fazer algo mais? Caiado diz que sim. “E agora o que eu tenho que colocar? Uma placa pedindo desculpas pelas estradas esburacadas e a economia destruída”
Sobre os possíveis pedágios? “Lógico. Tudo isso faz parte dentro da situação do Estado. Como o Estado vai sobreviver? Vai deixar as Estradas todas acabarem? Então temos que saber como reconstruir 5000 km”, explica.