O governador Ronaldo Caiado (UB) criticou o posicionamento do candidato a prefeito de Goiânia pelo PL, Fred Rodrigues, em relação a manutenção do congelamento da passagem de ônibus na capital. No último debate realizado pela TV Anhanguera, na quinta-feira (3), Fred disse que, se eleito, não sabe se manterá a passagem a R$ 4,30. Em Goiânia e Região Metropolitana a tarifa única é mantida nesse valor em parceria entre governo e municípios desde 2019.
Durante passeata pelas ruas do setor Campinas em apoio a Sandro Mabel (UB), neste sábado (5), Caiado disse ter ficado “extremamente preocupado” com a fala e a visão de Fred sobre o assunto. “É importante que as pessoas saibam que existem parcerias que têm feito com o governo. Me preocupa a resposta de um candidato”, disse, se referindo ao candidato do PL.
De acordo com Caiado, se a proposta de Fred for aplicada, a tarifa, que agora é de R$ 4,30, subiria para R$10,30. “Aí eu não sei quem é que vai andar de ônibus, mas todo mundo então vai passar a andar a pé em Goiânia”, ironizou o governador.
Segundo Ronaldo Caiado, a parceria do Governo de Goiás com as prefeituras de Goiânia e Região Metropolitana para subisidiar as passagens de ônibus e manter o valor, foi “uma das políticas mais importantes do governo”. A dúvida de Fred em relação à manutenção do benefício coloca em cheque a cooperação com o governo estadual, caso seja eleito.
No debate da TV Anhanguera, quando questionado sobre o tema transporte público, Fred Rodrigues disse que a manutenção da tarifa é algo que precisa ser “analisado”, pois estaria “afetando as contas públicas do município”. “Se não me engano, o déficit hoje, para que a gente mantenha a tarifa por volta de R$ 4,00, é em torno de R$ 473 milhões. Só Goiânia está arcando com R$ 163 milhões desse pedaço”, destacou.
O candidato afirmou que não pode prometer que, se eleito, manterá o congelamento da passagem em R$ 4,30.”Seria uma irresponsabilidade eu, como prefeito, dizer que eu vou sozinho reduzir a tarifa ou mesmo congelar, manter a tarifa congelada”. E acrescentou: “Acho que a melhor forma de fazer isso é chamar todo mundo para conversar. Não tem como o prefeito tomar decisão sozinho”, pontuou.