O governador Ronaldo Caiado afirmou, em entrevista coletiva realizada na última segunda-feira (7), que é inadmissível que a política interfira nas decisões tomadas pela reitoria e pelo Conselho Superior da Universidade Estadual de Goiás (UEG).
“Posso garantir que, nos meus quatro anos de governo, o reitor ou o Conselho Superior, serão surpreendidos com discursos meus dizendo que vai se criar uma UEG no município A ou município B. Isso é o que existe de pior para uma universidade. É a tutela política. É inadmissível. É inaceitável”, disse o governador.
Caiado prometeu se ater apenas às suas obrigações legais com a UEG, sem jamais interferir em qualquer decisão tomada pela universidade.
“Cabe a mim cumprir aquilo que tem que ser as diretrizes, o repasse orçamentário. Quanto à aplicação de cursos, regiões que teremos cursos instalados, serão eles que apresentarão à socidade do estado de Goiás. Não admitirei, de maneira alguma, que haja qualquer intervenção política ou partidária para dizer que se deve tirar de uma cidade, que não é de aliado político, para levar (cursos) para outra cidade, que é de seu aliado político, como era praticado antigamente”, asseverou.
O desempenho ruim de vários cursos da UEG no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) será superado, conforme Caiado, quando a autonomia da instituição na for ferida.
“No momento em que os estudantes e professores forem respeitados em suas decisões, tenho certeza que a UEG sairá, nas próximas avaliações, numa posição bem melhor da que enfrentou nesses últimos anos, quando a reitoria e o conselho não se sentiam independentes para definir qual o rumo, a prioridade e os cursos a serem aplicados a cada região”, comentou.