A Veja desta semana traz na capa um assunto que tem incomodado o presidente da República, Jair Bolsonaro e toda a sua base, mas ao mesmo tempo, responder um questionamento que à oposição por sua vez faz sempre que pode: “Cadê o Queiroz?”
Fabricío Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) figurou nas páginas dos principais jornais do Brasil ainda antes do presidente da República tomar posse. Desaparecido desde janeiro, as pessoas buscavam por respostas. Em seu primeiro discurso na tribuna da Câmara Federal como filiado ao PSDB, o deputado federal Alexandre Frota chegou a questionar: “Onde está enterrado o Queiroz?” De fato, desde janeiro não sabia-se do paradeiro dele.
Por três meses a Veja foi atrás do paradeiro e de explicações em torno do “Caso Queiroz”. Fabricio Queiroz não se recuperou de um câncer no intestino que o havia colocado em internação no Albert Einstein, em janeiro. Continua “batendo ponto” no Hospital regularmente. Para facilitar os deslocamentos até o local, Queiroz está morando no Morumbi, nas proximidades do hospital.
Em dezembro do ano passado, o Coaf divulgou um relatório em que apontava operações suspeitas de 74 servidores e ex-servidores da Alerj e apontou que Queiroz movimentou atipicamente R$ 1,2 milhão em suas contas. As movimentações de acordo com o relatório ocorreram entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.
Eleito com o lastro da moralidade e do combate à corrupção, Bolsonaro e seus filhos tiveram de começar a responder sobre o assunto, haja vista que colocava em cheque toda essa bandeira. Queiroz apesar de não ter nem chegado perto do Ministério Público para responder às acusações foi ao SBT conceder uma entrevista.
No dia 12 de janeiro chegou a postar um vídeo na internet onde aparecia dançando no hospital durante a recuperação de uma cirurgia para tentar resolver o problema do tumor que voltou a apontar. Desde então, sumiu e não havia mais notícias do seu paradeiro fomentando a criação e viralização do bordão: “Cadê o Queiroz?”