O ex-governador Sérgio Cabral e dois de seus operadores investigados na Operação Calicute usavam telefones registrados em nome falsos.
O telefone usado pelo peemedebista para se comunicar com executivos de empreiteiras, o ex-secretário de Governo Wilson Carlos e o economista Carlos Emanuel Miranda, ambos apontados pelo Ministério Público Federal como operadores da quadrilha, estava em nome de Nelma de Sá Saraca.
Miranda, apontado como operador financeiro da quadrilha, usava um celular em nome de uma empresa fictícia chamada Boomerang Comércio de Veículos. Já o telefone Wilson Carlos, suspeito de administrar a propina, estava em nome de Luis Cláudio Maia.
Os nomes constam da petição do Ministério Público Federal em que pedem a prisão dos envolvidos. Todos eles tinham contato direto com Alberto Quintaes, superintendente comercial da Andrade Gutierrez responsável pelo pagamento de propinas na empreiteira.
De acordo com a Procuradoria, os investigados usavam aplicativos de criptografia para evitar eventual interceptação das mensagens.
Cabral, Miranda e Wilson Carlos foram presos preventivamente sob suspeita de cobra 5% de propina nas obras do Estado.
Folhapress