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Categorias: Brasil
| Em 7 anos atrás

Cabral é condenado pela 4ª vez, a mais 15 anos de reclusão

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O ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) foi condenado pelo juiz Marcelo Bretas a 15 anos de reclusão na ação penal que trata de parte da Operação Eficiência, que investigou a atuação dos doleiros Renato e Marcelo Chebar.

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Esta é a quarta condenação contra o peemedebista em processo decorrentes da Operação Lava Jato. Ele já soma 87 anos de prisão e responde a outros 13 processos na Justiça Federal do Rio.

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Também foram condenados a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo, seu ex-sócio Thiago Aragão, quatro operadores de Cabral, e três doleiros que firmaram delação premiada. O publicitário Francisco de Assis Neto, o Kiko, foi absolvido.

Este processo trata da movimentação da propina dentro do Brasil por meio dos doleiros Renato e Marcelo Chebar. Os dois eram os responsáveis por administrar os recursos arrecadados pelo peemedebista no país, sob orientação de Carlos Emanuel Miranda, “gerente” do esquema.

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Em depoimento, Cabral reconheceu que os doleiros eram os responsáveis por gerir dinheiro do caixa dois de campanha no país, bem como as sobras de que fazia uso pessoal.

A movimentação dos recursos no exterior é alvo de outro processo. O peemedebista nega ter orientado o envio de recursos para fora do país.

O ex-governador é acusado de cobrar 5% de propina sobre grandes contratos do Estado em sua gestão (2007 a 2014). Ele nega que tenha exigido os valores em troca de benefícios no governo.

Nova denúncia

No mesmo dia em que condenou Cabral, Bretas aceitou a 17ª denúncia contra o peemedebista. Ele é acusado de ter participado da arrecadação de R$ 17 milhões em propina com obras no DER (Departamento de Estradas e Rodagem) do Rio.

A base da denúncia é o acordo de leniência da empresa União Norte Fluminense, que detalhou a atuação do ex-presidente do DER Henrique Ribeiro e seu chefe de gabinete, Lineu Martins, também denunciados. Os dois foram alvos da Operação C’est fini, mês passado -apenas Martins permanece detido.

Também são acusados o ex-secretário de Governo Wilson Carlos e Luiz Carlos Bezerra, apontado como o recolhedor e entregador de dinheiro da organização criminosa.

Segundo o Ministério Público Federal, houve cobrança de propina ao menos nas obras de pavimentação e conservação em três rodovia do interior do Estado.

Outro lado

O advogado Rodrigo Roca, que defende Cabral, afirmou que a condenação “segue a linha das sentenças anteriores do mesmo Juízo, ao considerar delação premiada prova segura e capaz para uma sentença condenatória”.

Ele afirmou que apresentará novo pleito de suspeição de Bretas porque o magistrado escreveu na sentença que “Sérgio Cabral é o principal idealizador do audaz esquema de lavagem de dinheiro revelado nos presentes autos e nas demais ações penais em curso neste juízo”.

“Chama a atenção por ser a primeira vez em que o julgador admite expressamente que vai condená-lo em todos os outros processos”, afirmou Roca. (Folhapress)

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