O ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) comprou por R$ 5,3 milhões a lancha “Manhattan Rio”, afirma relatório da Polícia Federal em seu relatório sobre a Operação Calicute.
De acordo com a PF, a operação ocorreu em agosto de 2014. A titularidade da embarcação, contudo, não foi transferida para Cabral, tendo permanecido em nome da empresa MPG Participações, do empresário Paulo Fernando Magalhães Pinto.
Para a PF, esta é uma das provas de que Pinto, ex-assessor do peemedebista, era o responsável por ocultar parte do patrimônio do ex-governador obtido por meio de propinas.
Uma das evidências apontadas pela PF foi uma planilha obtida na MPG que indica uma divisão de valores no recebimento do pagamento da lancha em agosto de 2014 com outros sócios da empresa.
A PF também ouviu o marinheiro responsável pela manutenção da embarcação. Ele afirmou que a empresa de Pinto era o responsável por custear o gasto com gasolina. Disse também que, a partir de 2014, Cabral era o único usuário da embarcação.
Para a PF e o Ministério Público Federal, os dados apontam que Cabral evitou todo tipo de vinculação com a embarcação.
A defesa de Pinto nega que tenha ocultado o patrimônio do ex-governador. Afirmou que emprestava a embarcação a Cabral.
“Você empresta a embarcação e ainda paga o combustível? Isso foi para ocultar a titularidade da embarcação que pertence ao ex-governador Sérgio Cabral”, disse o coordenador da Lava Jato no Rio, o procurador Lauro Coelho Junior.
Folhapress