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Categorias: Aparecida de Goiânia
| Em 7 anos atrás

Burocracia limita instalação de empresas em Aparecida

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“Aparecida tem perdido muito, perdeu várias grandes empresas como a Martins […] e a Pague Menos, que foram para Hidrolândia”, afirmou o empresário Leopoldo Moreira. Em entrevista ao programa Viva Voz, o proprietário da Gráfica Formato destacou que a burocracia do poder público em Aparecida de Goiânia ainda prejudica a instalação de empresas no município.

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“A partir do momento em que uma empresa instala, uma empresa consegue a liberação dos documentos, ela também consegue gerar renda, desenvolvimento, emprego. Aparecida tem perdido muito, perdeu várias grandes empresas, como a Martins, que foi para Hidrolândia, a Pague Menos foi para Hidrolândia. Não era só problema de área, era também de documentos. […] Então, precisamos retomar essa agilidade, essa parceria, essa fluidez para o empresário”, disse.

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Questionado se Aparecida ainda consegue receber mais indústrias, Leopoldo Moreira ressaltou que o território da cidade é grande e pode contemplar diversas empresas. No entanto, junto com o crescimento é preciso que a Prefeitura de Aparecida destrave entraves burocráticos.

“Aparecida tem uma área territorial muito grande e tem muito espaço. Eu citei as dificuldades com a prefeitura, mas são coisas pequenas. Aparecida melhorou muito. O problema é que Aparecida é um município muito grande, tem mais de 610 mil habitantes. Então, se a gente for pensar, às vezes, se a prefeitura não implantar um dinamismo muito grande ela não consegue acompanhar o tanto de empresa que vai. Então, acaba gerando um problema. Uma coisa que demorava um mês passa a demorar um mês ou mais”, afirmou.

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Veja vídeo da entrevista:

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Leia a entrevista na íntegra:

Qual a sua história de participação na Aciag?

Leopoldo Moreira: Já tem muitos anos que eu estou militando dentro da Aciag. Já fui diretor, vice-presidente, o primeiro vice-presidente uma vez, já fui o segundo vice-presidente. Já tem um bom tempo que estou lá, e também sou diretor da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e atuo junto ao nosso Sindicato da Indústria Gráfica. Então, é uma área que quem atua é porque gosta. Realmente não tem valor financeiro. Então, é uma contribuição que, às vezes, a gente arruma um tempo para doar para a instituição. É como um médico que tira um dia da semana para atender uma comunidade carente.

A citação de outros nomes como preferidos para a Aciag já abriu caminho dessa nova realidade política?

Leopoldo: Em uma reunião há duas semanas, um dos assuntos da pauta da reunião foi a sucessão. O [Osvaldo Antônio Pagnussat] Zilli ouviu os empresários, pediu para quem quisesse ser um possível candidato se manifestar. Não houve uma manifestação real de ninguém, e eu manifestei a vontade de ser um possível candidato. Então, foi isso que aconteceu. Por enquanto é só uma vontade.

Então, ainda não é uma disputa?

Leopoldo: Na realidade, a Aciag nunca teve uma disputa. Sempre fecham a chapa de consenso. Temos bons nomes na Associação, inclusive o José Luiz Celestino, que já foi presidente. Como ele já foi presidente uma vez, acredito que ele naturalmente abra espaço para que outras lideranças venham ocupar esse caminho. E o empresariado, de uma maneira geral, me apoiou maciçamente. O que eu recebi de apoio, de telefonema, inclusive na hora, da Associação, de vários outros empresários, até me surpreendeu. Fique feliz por conta disso. Nem sou candidato e teve essa repercussão muito boa.

Tem que começar a preocupar com propostas. O que apresentar?

Leopoldo: Todos os ex-presidente fizeram uma gestão muito boa. Tem alguns que fazem uma gestão excelente. No caso do atual presidente, Osvaldo Zilli, que o mandato acaba no final do ano, fez uma gestão muito boa, ele construiu a sede nova da Aciag, deu uma visibilidade maior para a Aciag, deu uma roupagem nova para a Aciag. Também construiu a independência financeira da Aciag. Acontece que como a Aciag não tem muitos associados, a parte de associação é muito pequena, ela sempre depende de recurso dos empresários. Com essa nova sede que Osvaldo Zilli fez, e fez na garra e na vontade de fazer, a Associação Comercial passa a ter de agora para frente uma independência financeira, e isso é muito importante. Mas para o empresário, a ideia que eu tenho com o empresário, principalmente, é destravar, ajudar, trabalhar junto à Prefeitura e aos secretários para destravar o nó que existe da burocracia dentro do município com os empresários.

Quais são os exemplos de nós?

Leopoldo: Um exemplo meu é: estou remembrando uma área. Tem dez meses que estou remembrando a área e agora que saiu a taxa para pagar. Remembrar é juntar áreas. Então, por exemplo, eu tirei uma certidão no cartório. Quando foi agora, que saiu a taxa, a certidão já tinha vencido e pediram uma nova. Vou ter que pagar de novo, por ineficiência da Prefeitura. O empresário não aguenta isso. Esse é só um pequeno exemplo, mas tem vários outros, tanto na questão ambiental, do registro de firma, abertura, Vigilância Sanitária, Corpo de Bombeiros, coisas que a gente pode trabalhar e quem ganha é a Prefeitura. A partir do momento em que uma empresa instala, uma empresa consegue a liberação dos documentos, ela também consegue gerar renda, desenvolvimento, emprego. Aparecida tem perdido muito, perdeu várias grandes empresas, como a Martins, que foi para Hidrolândia, a Pague Menos foi para Hidrolândia. Não era só problema de área, era também de documentos. Isso que eu sei. Às vezes temos até que verificar isso. Mas a questão que está acontecendo é: a despesa da Prefeitura está aumentando, mas os empregos tiveram uma paralisada. Então, precisamos retomar essa agilidade, essa parceria, essa fluidez para o empresário. Esse é um ponto. Tem outros pontos para trabalhar, por exemplo, apoiar as startups que estão nascendo dentro do município, criar talvez uma Diretoria de Qualificação Profissional e Educacional dentro da Associação para trabalhar a certificação de processos junto à Prefeitura. Então, é muito importante. Acredito que tem muita coisa a ser feita. É claro que não dá para fazer, tem que ter alguns pontos, ir trabalhando e a coisa ir fluindo. Isso tudo se eu realmente for candidato, porque eu ainda não sou, sou pré-candidato.

O que falta para definir?

Leopoldo: Esse processo eleitoral, quem está conduzindo é o presidente. Então, ele vai deflagrar, sentar com todo mundo, conversar. Na semana que vem deve ser montada a chapa e a gente deve sentar e conversar, ver qual seria o melhor nome para compor.

Ainda há espaço para crescimento de indústrias em Aparecida?

Leopoldo: Muito espaço. Aparecida tem uma área territorial muito grande e tem muito espaço. Eu citei as dificuldades com a prefeitura, mas são coisas pequenas. Aparecida melhorou muito. O problema é que Aparecida é um município muito grande, tem mais de 610 mil habitantes. Então, se a gente for pensar, às vezes, se a prefeitura não implantar um dinamismo muito grande ela não consegue acompanhar o tanto de empresa que vai. Então, acaba gerando um problema. Uma coisa que demorava um mês passa a demorar um mês ou mais. Então, o que a gente tem que ajudar? À época que Maguito entrou, ele fez uma gestão exemplar, maravilhosa e ele deu uma roupagem nova para Aparecida, ele deu infraestrutura muito grande para Aparecida. Tanto que o Brasil inteiro quer vir para Aparecida no momento de crise, Aparecida está na contramão da crise. Porque o Brasil está em crise e Aparecida, não. Porque o número de empresas que procuram se instalar em Aparecida, tem mais de 300 empresas em Aparecida na fila, esperando uma oportunidade. É muita coisa. Porque Aparecida hoje está se formando em um centro logístico, talvez um dos mais estruturantes do Brasil, pela localização geográfica, pela facilidade, pelo aeroporto executivo.

O aeroporto está demorando muito?

Leopoldo: Por conta de burocracia do governo federal com questão de licença ambiental. Maguito destravou tudo, já está em ponto de começar. Acredito que o Marcos Alberto, junto com outros empresários, está bem próximo de começar essa obra que vai dar outro impulso para Aparecida.

A gestão de Gustavo Mendanha já apontou algum caminho?

Leopoldo: Não, ele já pegou a mesma trajetória do Maguito, está fazendo um grande trabalho em Aparecida, mas depois que passa um líder, um cara como Maguito, que faz um trabalho excepcional, substituir ele não é fácil. Então, é uma tarefa difícil. Ele tem se desdobrado, trabalhado muito. Ele não mede esforço para atender à população, correr atrás, ir à Brasília atrás de recursos. Eu penso que se, por acaso, eu vier assumir a Aciag também vou ter também a mesma dificuldade, porque o Zilli, por exemplo, fez uma gestão, construindo a sede nova da Aciag, com modernização. Você acaba tendo dificuldade. Você tem que ter a base da diretoria muito boa para ter boas ideias, porque às vezes você não tem que só construir, tem que modernizar.

Gustavo Mendanha deve manter a continuidade?

Leopoldo: Exatamente. Gustavo tem feito um trabalho muito bom e é um parceiro grande da Associação Comercial hoje, como Maguito foi também. Isso é muito importante para a Associação Comercial andar de mãos dadas com o poder público, porque é a iniciativa privada que gera empregos, renda, desenvolvimento e quem acaba colhendo os frutos é o poder público, mas o poder público precisa da iniciativa privada para ele inclusive fazer as obras, atender à demanda da população.

Até que dia a candidatura poderá ser definida?

Leopoldo: Acho que nas próximas semanas a gente já vai estar conversando, definindo. Como esse processo quem está conduzindo é o atual presidente, eu não quero passar o carro na frente dos bois e vou deixar ele conduzir até mesmo porque é um processo natural de o presidente conduzir a Associação.

O setor empresarial também se preocupa com renovação? O senhor se encaixa nessa renovação?

Leopoldo: Acredito que encaixo, sim. Porque eu nunca fui presidente. Então, se eu for presidente da Associação Comercial será uma honra para mim e é uma oportunidade de eu mostrar meu trabalho, agregar com os associados, o que for melhor para a Associação. E é importante porque quando você renova uma entidade, você oxigena ela, traz novas ideias, novas pessoas. Acho que assim a Associação acaba sendo melhor para os empresários.

O senhor já tem a chapa?

Leopoldo: Eu recebi várias manifestações de apoio de várias pessoas, pedindo para fazer parte inclusive da chapa, mas eu preciso contar também com o apoio dos ex-presidentes, do Ricardo Zuppani, do José Luiz Celestino, do Marcos Alberto. Acho que a entidade, quando tem disputa, tem um problema muito sério, quem perde fica magoado, divide. E eu não quero entrar para dividir, quero entrar para agregar, para somar e, se possível, para multiplicar. Eu gostaria de ser presidente dentro de uma chapa de consenso. Acho que isso é a coisa mais importante. 

 

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