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Categorias: Esportes
| Em 8 anos atrás

Bruno é ovacionado na estreia, mas comete pênalti que custa vitória ao Boa

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O goleiro Bruno foi ovacionado em sua estreia pelo Boa Esporte neste sábado (8), no estádio Dilzon Melo, em Varginha (MG), em jogo contra o Uberaba, mas cometeu pênalti e cedeu empate em 1 a 1.

Foram quase sete anos sem disputar partida profissional. Exatos 2.499 dias separam o 5 de junho de 2010, última partida de Bruno pelo Flamengo, e o 8 de abril de 2017, estreia pelo Boa Esporte. Condenado por 22 anos e três meses pelo assassinato de Eliza Samúdio e por ocultação de cadáver, Bruno certamente não retornou ao futebol como desejava.

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O agora camisa 1 do Boa Esporte teve participação decisiva no empate em 1 a 1 com o Uberaba, pela primeira rodada do hexagonal final do Módulo do Campeonato Mineiro. O resultado não era o esperado pela equipe de Varginha, que agora luta para terminar a fase entre os dois primeiros colocados, para retornar a elite do futebol estadual, em 2018.

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Pressionado pelo Boa Esporte nos primeiros minutos de jogo, o Uberaba sequer conseguiu dar um chute no gol defendido por Bruno. A única tentativa na etapa inicial aconteceu aos 41 minutos, numa bola que ficou para fácil defesa de Bruno. No segundo tempo, perdendo por 1 a 0, o Uberaba teve de sair para o jogo. E conseguiu empatar após Bruno errar no único lance decisivo em que participou. O goleiro cometeu pênalti e foi amarelado. Na cobrança de Bruno Henrique, Bruno sequer acertou o lado.

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CLIMA HOSTIL

O Boa Esporte volta a campo pelo hexagonal final do Módulo 2 contra o Patrocinense, em Patrocínio. Se no Estádio Melão o clima foi de bastante carinho e admiração pela presença de Bruno em campo, nesta quarta-feira (12), o goleiro vai encontrar um ambiente totalmente hostil. Adversários na primeira fase do Módulo 2, a torcida do Patrocinense não poupou os jogadores do Boa Esporte dos gritos de “assassino”, quando se enfrentaram. Jogo em que Bruno sequer estava relacionado.

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REFORÇO POLÊMICO

Quando Bruno foi anunciado como reforço do Boa Esporte, muitos protestos aconteceram, especialmente pela internet. Com a repercussão negativa, vários patrocinadores deixaram o Boa Esporte, entre eles a fornecedora de material esportivo. Embora o Boa ainda jogue com as camisas confeccionadas pela Kanxa, a marca da empresa não aparece mais.

Protestos assim não aconteceram no Dilzon Melo, onde o clima era de euforia pela estreia de um grande reforço. Bruno foi ovacionado pela torcida, que vibrava a cada participação do goleiro.

No retorno aos gramados, Bruno contou com um incentivo especial. Alguns familiares do goleiro marcaram presença no estádio Dilzon Melo, em Varginha. Eles levaram uma faixa de incentivo ao goleiro, com a inscrição “Somos todos Bruno”. Em cada tempo da partida a faixa ficou em um setor da arquibancada, sempre próxima ao gol defendido por Bruno.

Bruno só conseguiu voltar a jogar futebol, após quase sete anos de prisão, por causa de um habeas corpus concedido por Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). No entendimento do ministro, o goleiro tinha o direito de aguardar em liberdade pelo julgamento dos recursos, contra condenação de 22 anos e três meses por assassinato de Eliza Samúdio.

Livre desde fevereiro, Bruno reencontrou em Varginha um pouco do que viveu no passado, quando defendeu Atlético-MG e Flamengo. O goleiro teve uma tarde com status de ídolo. Único jogador que teve o nome gritado pela torcida e disputado pelas crianças, na hora de entrar em campo.

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