Conforme investigações da Polícia Federal (PF), o grupo terrorista libanês Hezbollah recrutou brasileiros para ataques contra a comunidade judaica no Distrito Federal. Entre os suspeitos de terem sido recrutados está o brasiliense Lucas Passos Lima, de 35 anos. Foi com ele que a polícia localizou vídeos da porta de sinagogas, junto de uma lista com oito locais representativos da comunidade judaica em Brasília (DF) e em Goiás.
Em novembro, ao retornar ao Brasil vindo do Líbano, Lucas foi preso no Aeroporto de Guarulhos. Foi confirmado que, para ter acesso aos vídeos, o e-mail utilizado era de Lucas, que atualmente ele está custodiado no Centro de Detenção Provisória II de Guarulhos e a audiência de instrução do processo referente foi marcada para 21 de março.
Você sair de um lugar para fazer parte de um grupo em guerra, você sair da sua paz para isso?
Questionou Lucas em audiência de custódia
“O perfil dos recrutados levantou suspeitas pela ausência de vínculos com o País ou condições financeiras para empreender tais viagens ao exterior (alguns por mais de uma vez ou três vezes em menos de 12 meses) e por possuírem antecedentes criminais. Lucas voltou ao mesmo destino no decorrer do ano de 2023”, disse a magistrada do caso.
O programa Fantástico do último domingo (3) mostrou imagens de sinagogas e um cemitério israelita localizados no DF que estavam sendo monitorados pelos terroristas. As gravações de 2023, em Taguatinga, Brasília, mostram um carro que passa em frente a uma sinagoga e retorna. Já em Águas Claras, o veículo passa em frente a outra sinagoga. Os locais estavam na lista apreendida com Lucas.
Além do brasiliense Lucas, Mohamad Khir Abdulmajid, está sendo investigado por ser o principal alvo da operação que apura o recrutamento de brasileiros pelo grupo extremista Hezbollah. O grupo se trata de uma organização política e paramilitar libanesa baseada no fundamentalismo xiita.