Os brasileiros são o maior grupo entre os 115 jornalistas mortos durante o exercício da profissão em 2016. A contagem, realizada pelo INSI (International News Safety Institute), instituto sem fins lucrativos dedicado à segurança de jornalistas no mundo, inclui os 20 profissionais de imprensa vitimados na tragédia aérea que envolveu a delegação da Chapecoense.
Com isso, ao todo 23 jornalistas brasileiros foram mortos em atividade.
A tragédia da Chapecoense também fez com que a Colômbia, país onde o avião caiu, fosse registrado como o local onde o maior número de mortes ocorreu, seguido de México e Afeganistão (ambos com 12), Iraque (11) e Rússia (9),
O relatório do INSI ressalta que o ano de 2016 começou e se encerrou com mortes em massa. Além do acidente da delegação da Chapecoense, ocorrido em novembro, o instituto mencionou a queda em dezembro de um avião militar Russo que transportava 92 pessoas, sendo nove jornalistas. Também foi citado um atentado no Afeganistão que vitimou oito profissionais em janeiro.
Das 115 mortes contabilizadas, 60 ocorreram em países que não estão em guerra, como Guatemala, Índia e Brasil.
De acordo com a diretora da INSI, Hannah Storm, a maioria das vítimas não era de jornalistas internacionais. “Poucos tinham o apoio de grandes veículos de notícias e a maioria morreu depois de combater adversidades insuperáveis, ameaças diárias e pressões constantes”.
Em outubro, o Brasil aparecia em quarto lugar no ranking da ONG Repórteres sem Fronteiras de países com mais jornalistas mortos em seus territórios.
Folhapress